Sindicato repudia demissão do sindicalista Aloísio Morais

                                                                    
"O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais repudia a demissão do jornalista Aloísio Morais pelo jornal Hoje em Dia, ocorrida nesta sexta-feira 15/12. A demissão é ilegal e configura clara perseguição da empresa ao jornalista e flagrante prática antissindical. Aloísio não pode ser demitido, ele tem dupla estabilidade – como ex-diretor do Sindicato até junto deste ano, e como atual dirigente da Federação Nacional dos Jornalistas – Fenaj. Esta é a segunda vez que o jornal demite o sindicalista ilegalmente.

Trata-se de explícita retaliação dos patrões à atuação do Sindicato em defesa da categoria num momento em que todo tipo de direito está sendo desrespeitado. Aloísio sempre se destacou na defesa dos direitos dos jornalistas. Além de diretor na gestão passada, foi presidente do Sindicato em dois mandatos. Ele trabalha no Hoje em Dia há 30 anos.

Nos últimos anos o Hoje em Dia tem se especializado em desrespeitar a lei e não cumprir os direitos trabalhistas. Os salários de novembro e a primeira parcela do 13º não foram pagos e a empresa não deu satisfação aos trabalhadores. Em fevereiro de 2016, o jornal dispensou 38 jornalistas sem pagar a rescisão e nem o salário do mês trabalhado. Até hoje o pagamento não foi feito e a ação está na Justiça.

O jornal pertence ao ex-prefeito de Montes Claros que no ano passado foi preso pela Polícia Federal e impedido de se candidatar à reeleição. Em junho deste ano, a antiga sede do Hoje em Dia foi ocupada por jornalistas e movimentos sociais, depois de aparecer na delação da JBS, numa negociata envolvendo o senador Aécio Neves e ex-donos do jornal.

Esta é a segunda vez que Aloísio é dispensado ilegalmente pelo Hoje em Dia. A primeira vez foi em 2014, após a eleição presidencial. Ele foi reintegrado em 2016, após ganhar ação na Justiça, em todas as instâncias. A Justiça também determinou que o jornal lhe pagasse todos os direitos trabalhistas e multas decorrentes da demissão ilegal. Até hoje, no entanto, o pagamento não foi feito.

O Sindicato não aceita mais essa afronta à categoria ".

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