Primeira cachaça orgânica da Alemanha

                                                               


Sächsische Zeitung – Um pedaço do Brasil que vem de Pesterwitz

Soa loucura, mas é verdade: como dois jovens dos arredores de Dresden engarrafaram uma cachaça orgânica.
Jan Stübner, de 27 anos, passou um ano estudando no Rio de Janeiro e não ficou apenas observando os atendentes de bar trabalharem, mas também viajou pelo país. 

No Nordeste, a cerca de 600 quilômetros da costa, ele conheceu um agricultor que produz a matéria-prima da caipirinha: a cachaça.

Também na produção de cachaça há diferenças enormes, como Stübner logo descobriu: "Os grande produtores queimam a lavoura, recolhem a cana de açúcar e adicionam produtos para acelerar a fermentação".

Já o agricultor no Nordeste do Brasil colhia tudo com o facão e usava apenas o fermento natural da cana de açúcar – tudo era orgânico (bio, em alemão), por assim dizer. 

Isso deu uma ideia ao visitante da Alemanha: bio está na moda, coquetéis latino-americanos são muito procurados – certamente deve existir aí uma demanda.

De fato, logo ficou claro que ninguém aqui na Alemanha oferecia cachaça bio. Não foram poucos os que consideraram o plano uma ideia de bêbado. Mas Jan encontrou um parceiro no seu antigo colega de escola Roman Wiele, que também é natural de Pesterwitz e costuma ajudar atrás do balcão de um bar.

Faltava ainda encontrar um nome para a criança: Passarinho.

Duas vezes por ano a cana de açúcar é colhida, imediatamente prensada e destilada. Os primeiros barris já estão nas garrafas e nos supermercados. Preço: 25 euros.

(Com a Deutsche Welle)

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