OEA fracassa na tentativa de intervir na Venezuela

                                                                                      
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O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, e um grupo de países liderados pelo Panamá, fracassaram novamente na tentativa de aprovar um texto sobre a situação venezuelana onde solicitavam ao governo de Nicolás Maduro retirar a convocação de uma Assembleia Constituinte, cuja eleição acontece no próximo domingo.

Esta é a sexta ocasião nos últimos três meses, que um grupo de governos tenta aprovar um comunicado sobre a Venezuela.

Desta vez, a moção encontrou seu mais baixo apoio entre os países do hemisfério.

Apesar das pressões exercidas pelos governos dos Estados Unidos, Canadá e do próprio secretário-geral, ao manifestar sua preocupação pela situação, a grande maioria dos estados reiteraram a decisão de seus governos de respeitar a soberania venezuelana, evitar a intervenção nos seus assuntos internos e recomendar o diálogo como única via para superar a atual confrontação política.

Na sessão do Conselho Permanente da OEA, onde o Brasil assumiu a presidência pro tempore, o representante do Panamá leu uma proposta de declaração que finamente obteve o apoio de treze países: Colômbia, México, Chile, Argentina, Estados Unidos, Canadá, Honduras, Guatemala, Peru, Paraguai, Costa Rica, Jamaica e Brasil.

No documento, estes países reiteram suas críticas ao governo venezuelano, propõem a criação de um grupo de países para "mediar" o conflito interno; legitimam os resultados da ilegal e fraudulenta consulta opositora do dia 16 de julho, e exigem ao governo do presidente Maduro, retirar a proposta da Assembleia Constituinte.

O texto, claramente ingerencista, foi rechaçado pela maioria das nações, entre elas, os membros da Comunidade dos Estados do Caribe (CARICOM) que reiterou a posição assumida pelos chefes de Estado do Caribe no começo de julho.

Os governos caribenhos disseram que têm esperanças no avanço das gestões do CARICOM para apoiar a paz e o entendimento entre os venezuelanos.

Na sessão do Conselho Permanente da OEA, a representação da Venezuela rechaçou com veemência esta nova tentativa de violar sua soberania, com a interferência em assuntos que somente são do interesse do povo venezuelano -como a Assembleia Nacional Constituinte-, e repudiou a tentativa de estabelecer mecanismos de tutela sobre a democracia venezuelana, que violam os princípios do direito internacional, a Carta das Nações Unidas e a própria Carta da OEA.

Na sessão, a Venezuela também denunciou o plano recentemente revelado pelo diretor da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos, Mike Pompeo, que demonstra sua ativa participação para derrubar o governo do presidente Maduro.

O Estado venezuelano questionou a atitude ingerencista dos governos da Colômbia e México ao vincular-se àS atividades conspirativas organizadas pelos governos dos Estados Unidos, através da CIA.

(Com o Diário Liberdade)

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