Yoko Ono convida mulheres latino-americanas a contar histórias de violência

                                                                      
A artista japonesa Yoko Ono, viúva do ex-beatle John Lennon, convocou quarta-feira (7) as mulheres latino-americanas que foram vítimas de violência sexual a fazer parte do seu projeto Ressurgindo, que será exibido em Santiago do Chile a partir de 23 de junho. A ideia é que as mulheres publiquem suas histórias em primeira pessoa, como parte de um projeto de caráter mundial da artista. As informações são da EFE.

Yoko convidou em um vídeo as mulheres "que tenham sofrido algum tipo de violência pelo simples fato de ser mulher", a compartilhar sua experiência de maneira anônima, junto com uma foto dos seus olhos. As colaborações serão exibidas na grande mostra Dreams Come True (Sonhos se Tornam Realidade), que será exibida no Chile até 22 de outubro, em uma instalação que busca oferecer "uma instância de catárse e cura para aquelas cujos corpos ou mentes sofreram agressões".

O material enviado será reunido através do site do Centro Cultural CorpArtes, com data limite até 8 de outubro, e integrado às mais de 80 peças produzidas desde os anos 60, com elementos visuais, musicais, desenhos e outros.

De todas as partes do mundo

O projeto Ressurgindo, de Yoko, já contou com centenas de milhares de testemunhos de mulheres de todas partes do mundo, desde a sua primeira convocação em abril de 2013, que foi mostrada na 55ª Bienal de Veneza, na sua aclamada mostra Personal Structures. Grande parte da obra da prestigiada artista trata de temas como a liberdade de pensamento, a paz, a luta contra o racismo, a homofobia e o sexismo, entre outros.

Yoko Ono nasceu no Japão em 1933 e fez parte do movimento vanguardista nos anos 60, quando foi integrante do grupo Fluxus e adepta da arte conceitual, na qual as ideias são o motor e a essência da obra de arte. Ela também participou da criação de livros de arte, filmes conceituais e vários discos musicais marcados pelo experimentalismo, com a colaboração de Lennon.

(Com EFE/ABr)

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