Sábado Resistente Homenageia Dulce Maia de Souza, combatente da resistência

                                                                      
Evento acontece dentro da programação do Sábado Resistente, no dia 10 de junho, às 14h00, com entrada gratuita e marcará um mês do falecimento de Dulce Maia com a presença de amigos e familiares

No dia 10 de junho, o Memorial da Resistência, instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, realizará mais uma edição do Sábado Resistente, projeto realizado em parceria com o Núcleo de Preservação da Memória Política. O evento acontece às 14h00, e prestará homenagem a combatente e resistente Dulce Maia, falecida no dia 12 de maio na cidade de Cunha (SP).  

Sobre Dulce Maia

Dulce Maia foi  produtora cultural e militante ativa da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) desde a formação da organização clandestina de resistência a ditadura. Foi a primeira mulher presa e barbaramente torturada pelo regime militar, em janeiro de 1969. Como resultado das torturas que  sofreu, Dulce conviveu com vários problemas de saúde, sequelas que a acompanharam até os seus últimos dias de vida.

Em junho de 1970, por ocasião da captura do embaixador alemão, Dulce, junto com outros 39 presos e presas, saiu da cela diretamente para um avião militar, ainda algemada, e voou para a Argélia, país recém-libertado do colonialismo francês. Depois da Argélia seguiu para Cuba, em busca de tratamento médico.

Em 1973, estava no Chile, quando Pinochet derrubou Allende. Foi, então, para o México e depois para a Bélgica. Lá ficou até abril de 1975, quando aterrissou em Lisboa, onde a ditadura de Salazar havia caído. O último destino de Dulce antes da volta ao Brasil foi Guiné-Bissau. Em 1979, com a Lei da Anistia, foi a primeira exilada a retornar ao País.

De volta ao Brasil, recomeçou sua vida e foi diretora da ONG  Ecoatlântica e da Econsenso (co-gestora do Parque Nacional da Serra da Bocaina). Criou na cidade de Cunha, onde passou a residir, a Associação e a Escola Carlito Maia.

Para lembrar a valorosa combatente, será exibido o documentário “Paredes Pintadas”, de Pedro Santos (Brasil, 2010, 58 min.), que conta a história de quatro mulheres guerrilheiras – Dulce Maia, Sonia Lafoz, Renata Guerra Andrade e Damáris Lucena – mostrando o protagonismo feminino contra a ditadura.

PROGRAMAÇÃO
14h00 – Boas vindas – Kátia Felipini Neves (Memorial da Resistência de São Paulo)
14h10 – Coordenação – Maurice Politi (Núcleo de Preservação da Memória Política)
14h30 – Projeção do Filme Parede Pintadas, com a presença do diretor


SERVIÇO
Memorial da Resistência de São Paulo
Endereço: Largo General Osório, 66 – Luz - Auditório Vitae – 5º andar
Telefone: (011) 3335-4990/ faleconosco@memorialdaresistenciasp.org.br
Aberto de quarta a segunda (fechado às terças)
Entrada Gratuita

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