Putin explica por que colapso da URSS foi o maior desastre do século XX


                                                                                         Sputnik/ Eduard Pesov
                                                                       
Em entrevista ao cineasta americano Oliver Stone, para um documentário, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, explicou por que considera o fim da União Soviética o pior evento do século passado, conforme declaração feita por ele há alguns anos.

"Eu sempre ouço críticas contra mim porque expressei arrependimento pelo colapso da URSS. Em primeiro lugar e mais importante, após o colapso da União Soviética, 25 milhões de russos se encontraram fora de sua terra natal do dia para a noite. E esse foi realmente um dos maiores desastres do século XX", afirmou o chefe de Estado russo no primeiro episódio da produção, exibido pelo Showtime nesta segunda-feira. 

De acordo com Putin, os cidadãos da União Soviética viviam todos em um único país, tinham família e relações de trabalho dentro desse grande território. Mas, de repente, se viram fazendo parte de outra pátria. 

"E, dentro do país, sinais de uma guerra civil apareceram, seguidos por uma guerra civil em larga escala. E é claro que eu pude ver isso claramente, especialmente depois que me tornei chefe do Serviço Federal de Segurança (FSB)."

Ainda segundo o presidente, o último líder soviético, Mikhail Gorbachev, entendeu que a URSS precisava de mudanças, mas não conseguiu entender que mudanças exatamente deveriam ser essas e como implementá-las.

Ele acredita que é preciso reconhecer o mérito de Gorbachev, por perceber que mudanças eram necessárias, mas também é preciso reconhecer que o sistema criado não foi bom. Para Putin, ninguém sabia como resolver a situação do país, e foi isso que causou o colapso. 

"Nosso sistema de proteção social foi completamente destruído, setores inteiros da economia pararam, o sistema de saúde foi destruído, o exército se encontrou em uma situação lamentável e milhões de pessoas foram levadas para baixo da linha da pobreza. Não devemos esquecer isso", acrescentou. 

(Com Sputnik/Diário Liberdade)

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