Organização do Irã promove concurso de charges sobre Trump


                                                                                       ©     Latuff


Um concurso de charges e caricaturas com apenas um foco: Donald Trump. A Organização de Cartum do Irã está promovendo o concurso voltado para o republicano e recebeu inscrições de 75 países e 503 profissionais.

Ao todo, são seis tópicos no Concurso Internacional de Cartum e Caricatura do Trumpismo: racismo, imigração, o "muro", meios de comunicação, humilhação de mulheres e Twitter.

Sputnik Brasil conversou com exclusividade com dois participantes: Liz França e Carlos Latuff. Ambos concordam que falar do presidente estadunidense não é uma tarefa difícil.

"Ele já é um personagem, aí fica impossível você ficar sem ideias", diz Liz, que classifica Trump como uma "piada pronta".

Tanto Latuff como Liz convergem em outro ponto. O topete e a expressão de "emburrado" do republicano são duas características chave para representá-lo.

Latuff chegou até mesmo a ter um de seus trabalhos plagiados pelo residente da Casa Branca. Quando Trump ainda era pré-candidato, em abril de 2016, ele alterou os fatos e personagens de uma das charges de Latuff, que inicialmente apontava a recusa dos países do Golfo Pérsico em receber os refugiados do confronto sírio. Na versão postada por Trump, ele recusa os mesmos refugiados com a fala "desculpe, não no meu turno".

"A extrema-direita, seja ela no Brasil ou nos EUA, não tem criatividade nenhuma. Então ela precisa se debruçar na cópia, precisa plagiar, para poder tentar fazer alguma coisa que chame atenção", diz Latuff sobre o episódio.

Esta não foi a primeira vez que o trabalho do chargista brasileiro tem repercussão internacional, a BBC Brasil já o classificou como "astro da primavera árabe".

"O Trump já é uma caricatura. Ele representa essa política belicista norte-americana, muito característica da era Bush, ou da era Regan, mas de uma maneira caricata. Ele é do show bussiness", analisa Latuff.

(Com Sputnik)

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