Covemg realiza audiência pública em Montes Claros

                                                   


Grupo de pesquisa também vai buscar documentos e entrevistar pessoas que participaram dos conflitos de terra na região

 A Comissão da Verdade de Minas Gerais (Covemg) estará na região Norte do estado entre os dias 5 e 7 de junho para investigar as violações dos direitos humanos ocorridas no período da ditadura militar. Na ocasião, será realizada audiência pública no dia 7, às 13h, na Câmara Municipal de Montes Claros.

Com o tema "Ditadura Militar no Norte de Minas: memórias de lutas e resistências camponesas (1964-1988)", o evento debaterá  os conflitos de terra e acontecimentos que atingiram camponeses e seus apoiadores.

O ato é organizado pela Covemg em parceria com a Secretaria de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania (SEDPAC/MG) e a Comissão da Verdade e Memória do Grande Sertão e tem apoio da Câmara Municipal de Montes Claros e do Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas (CAA/MG).

Além dos pesquisadores e da equipe técnica da Covemg, o secretário de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania de Minas Gerais, Nilmário Miranda, o subsecretário de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, José Francisco da Silva, e o coordenador-geral da Covemg, Robson Sávio Reis Souza, participarão do encontro.

Entre os depoentes que contarão suas experiências na audiência pública estão o ex-assessor jurídico e sindical da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais (Fetaemg) Afranio Oliveira e Silva; o fundador e ex-presidente do Sindicato de Trabalhadores Rurais de Bocaiúva, Juarez Teixeira Santana; o ex-presidente do Sindicato de Trabalhadores Rurais de São Francisco, Paulo Gomes Ferreira, que é filho de Eloy Ferreira da Silva (sindicalista reconhecido pela atuação na região assassinado em 1984); e a ex-agente da Comissão Pastoral da Terra, Rosely Carlos Augusto.  

Além da realização da audiência, os pesquisadores da Covemg vão percorrer arquivos e realizar entrevistas com vítimas, testemunhas e ex-lideranças rurais nos municípios de Januária, Montes Claros e Verdelândia. O objetivo da comissão é se aproximar das comunidades afetadas pelos conflitos, coletar informações e dar voz às vítimas do período.

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