Bolívia se nega a participar das manobras militares dos EUA na Amazônia

                                                                         
                        U.S. Army photo by Staff Sgt. Osvaldo Equite/Released (CC BY 2.0)

A Bolívia se recusou a participar das manobras militares previstas para novembro na tripla fronteira do Brasil, Colômbia e Peru, com a presença do exército dos Estados Unidos, segundo declarou (sexta) o ministro de Defesa Reymi Ferreira.

Os exercícios chamados de 'América Unida' terão lugar no estado brasileiro do Amazonas e, além dos países mencionados, poderiam envolver efetivos da Argentina, Panamá e Canadá.

'As Forças Armadas da Bolívia não participarão dessas manobras', disse à imprensa o ministro de Defesa.

Ferreira acrescentou que seu país recebeu o convite do Brasil para os exercícios, mas não aceitou.

Ao todo, serão 10 dias de simulacros dirigidos de uma base multinacional na cidade de Tabatinga, fronteira com Leticia, na Colômbia, e com Santa Rosa, no Peru.

As manobras tomarão como referência a operação da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) realizada na Hungria em 2015 e que mobilizou 1.700 militares.

Observadores políticos temem que o exercício sirva como pretexto para estabelecer uma base na região, como aconteceu depois do exercício realizado pela OTAN na Hungria.

O jornal brasileiro Zero Hora questionou o fato do Brasil convidar os Estados Unidos a participar de manobras em pleno coração da selva amazônica.

A Amazônia é uma vasta região da parte central e setentrional da América do Sul que compreende seis milhões de quilômetros quadrados divididos em nove países: Brasil, Peru, Bolívia, Colômbia, Venezuela, Equador, Guiana, Guiana Francesa e Suriname.

(Com Prensa Latina/Diário Liberdade)

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