DESIGUALDADE SOCIAL

                                                                                                        Banco Mundial/Mano Strauch                                                               
Novos esforços multilaterais são necessários para tirar 550 milhões de pessoas dessa situação, dizem as Nações Unidas Créditos: Novos esforços multilaterais são necessários para tirar 550 milhões de pessoas dessa situação, dizem as Nações Unidas 

ONU: 6,5% da população
global continuarão na 
pobreza extrema até 2030

Relatório alerta que isso acontecerá se as atuais taxas de crescimento e políticas permanecerem inalteradas

Edgard Júnior

Novos esforços multilaterais são necessários para tirar 550 milhões de pessoas dessa situação, dizem as Nações Unidas - Créditos: Banco Mundial/Mano Strauch

O relatório da ONU sobre Financiamento para o Desenvolvimento 2017, divulgado  segunda-feira (22), afirma que 6,5% da população global continuará na pobreza extrema até 2030, se a atual taxa de crescimento e políticas para o setor permanecerem inalteradas.

Para as Nações Unidas, novos esforços multilaterais são necessários para tirar 550 milhões de pessoas dessa situação.

Durante evento no Conselho Econômico e Social, Ecosoc, a vice-secretária-geral da ONU, Amina Mohammed, fez um pronunciamento por vídeo aos participantes do encontro.

Mohammed disse que Agenda de Adis Abeba, a Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável e o Acordo de Paris, sobre mudança climática, representam um mapa para um futuro melhor.

De acordo com o relatório da ONU, se a tendência permanecer como agora, irá prejudicar seriamente os esforços para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ODS, principalmente o de eliminar a pobreza até 2030.

Os países menos desenvolvidos, chamados de LCDs, devem ficar muito abaixo das metas estabelecidas.

Por exemplo, as projeções indicam que o Produto Bruto Global, o PIB mundial, deve crescer menos de 3% pelos próximos dois anos. O relatório diz que com o lento avanço do comércio internacional, o PIB global avançou menos de 2% em termos de valor anual entre 2011 e 2014.

Ação

O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu ação imediata dos países para combater o problema. Ele disse que "apesar dos grandes esforços na luta contra a pobreza, a desigualdade aumentou em todo o mundo".

Além disso, "os conflitos estão proliferando e outros problemas como mudança climática, insegurança alimentar e escassez de água estão colocando em risco os progressos alcançados nas últimas décadas".

O relatório diz que muitos dos desafios que os países enfrentam, incluindo o lento crescimento econômico, mudança climática e crises humanitárias, têm efeitos através das fronteiras ou até mesmo globais.

Segundo os especialistas, esses desafios não podem ser enfrentados por apenas uma nação. A solução é uma cooperação multinacional para o desenvolvimento sustentável.

O documento inclui experiências, análises e dados de mais de 50 instituições internacionais que formam a Força Tarefa Interagência sobre Financiamento para o Desenvolvimento.

Neste grupo estão ainda o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional, a Organização Mundial do Comércio, o Programa da ONU para o Desenvolvimento e a Conferência da ONU para Comércio e Desenvolvimento, Unctad.

(Com a Rádio ONU/Brasil de Fato)

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