Donald Trump e Mahmoud Abbas vão se reunir no dia 3 de maio em Washington


                                                                                                                  Efe

Este é o primeiro encontro entre os dois líderes, e Trump já afirmou não ver problemas com solução de um Estado; tema central do encontro será o processo de paz com Israel
   
O porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, anunciou nesta quarta-feira (19/04) que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se reunirá com o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, no dia 3 de maio em Washington.

Segundo o governo norte-americano, o tema central do encontro será o processo de paz com Israel, onde os dois presidentes irão "reafirmar o compromisso de perseguir e finalmente concluir um acordo para o fim do conflito" entre palestinos e israelenses.

Esse será o primeiro encontro entre os dois líderes e ocorre após diversas manifestações de apoio do governo republicano aos planos israelenses - que não incluem a chamada "solução dos dois Estados".

Antes mesmo de assumir a Presidência norte-americana, Trump sempre se mostrou mais favorável aos israelenses, não condenando os assentamentos em terras palestinas e dizendo-se indiferente se a paz chegaria através da solução de um ou dois Estados.
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Além disso, a decisão do governo norte-americano de transferir a embaixada dos EUA para Jerusalém, em uma área que nem as Nações Unidas reconhecem como pertencente à Israel, gerou mais tensão na região. 

Em fevereiro, o presidente da Palestina reafirmou seu “compromisso contínuo com a solução de dois Estados, a lei internacional e a legitimidade, que teriam que garantir o final da ocupação israelense”. 

Abbas também declarou na época que desejava estabelecer “um Estado palestino independente com Jerusalém Oriental como capital, que viva em paz e segurança junto ao Estado de Israel, segundo as fronteiras de junho de 1967”.

Abbas disse, então, estar pronto para "trabalhar pela paz" com o presidente norte-americano, que pediu que Israel "segure um pouco" a expansão dos assentamentos judaicos no território ocupado, uma política que foi reforçada desde que Trump chegou ao poder. Netanyahu anunciou a construção de 6.000 novos imóveis, e o Parlamento israelense aprovou uma lei que regulariza parte das colônias ilegais.

(Com Ansa e Efe/Opera Mundi)

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