Trabalhadores rurais mineiros preocupados com a reforma da previdência

                                                                     
Preocupado com a possível reforma da previdência social, que pode prejudicar trabalhadores e trabalhadoras rurais, o presidente da Fetaemg, Vilson Luiz da Silva, juntamente com lideranças sindicais, tem participado de importantes mobilizações em todo o Estado para defender os direitos da categoria, diante de uma possível reforma trabalhista e previdenciária, já anunciadas pelo governo.

Em Caratinga, região do Vale do Rio Doce, cerca de cinco mil lideranças e trabalhadores (as) rurais de 59 Sindicatos uniram-se, em 19 de setembro, numa grande mobilização. Com faixas e cartazes, acompanhados por um carro de som, o grupo percorreu as principais ruas da cidade chamando a atenção para os prejuízos à classe trabalhadora causados pela possível reforma previdenciária e trabalhista.

O presidente Vilson Luiz da Silva, ressalta que a iniciativa serve para mostrar que os rurais estão organizados e com disposição para lutar contra a reforma da previdência e contra a precarização dos direitos – de ativos e aposentados. “Estamos atentos e participando de mobilizações para garantir a manutenção dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras rurais. 

Tenho percorrido várias regiões do Estado com intuito de levar essa discussão até as bases, chamando lideranças e trabalhadores (as) para a luta. A nossa meta agora é não permitir que haja retrocesso nos direitos já conquistados ao longo dos anos com muito sacrifício por todos nós, trabalhadores do campo e da cidade. ”

Entre as preocupações do presidente está a alteração da idade mínima para requerer a aposentadoria rural. Hoje, pelas regras vigentes, homens que trabalham no campo podem se aposentar aos 60 anos de idade e mulheres, aos 55 – ambos com um salário mínimo, mesmo tendo cumprido apenas atividade rural. Com as possíveis alterações, seriam postas iguais a idade de aposentadoria entre urbanos e rurais. Assim, os homens e as mulheres do campo passariam a se aposentar com 65 anos de idade. “Vilson defende que há especificidades no trabalho rural que precisam ser consideradas. Por exemplo, as pessoas começam a trabalhar muito mais cedo e em atividades muito penosas. Muitas vezes insalubres, sem nenhuma segurança. ”

A diretora do Polo Regional da Fetaemg no Vale do Rio Doce, Juliana Martins, diz que a mobilização em Caratinga é uma de muitas que estão acontecendo no Estado, e que o grande desafio é manter os direitos já conquistados. “Os direitos dos rurais na previdência social foram conquistados por meio da organização sindical e não podemos permitir nenhuma violação a esses direitos. ”

(Com a Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Estado de Minas Gerais)

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