Marluce, iluminando o Universo

                                                                         
                                                                   

José Carlos Alexandre

Recebo uma péssima notícia: a morte de minha ex-colega do Diário da Tarde Marluce Messora de Oliveira.

Jornalista das melhores, Marluce trabalhou na Editoria da Cidade quando eu era editor e mesmo antes, quando eu estava na Chefia de Reportagem.

De texto conciso,  saia para cumprir sua pauta sempre sem qualquer reclamação e voltava à noite para redigir.

Certa feita, não me lembro se eu me encontrava no exterior, de férias ou de licença devido a problemas de saúde.

Só sei que me surpreendi com a ausência de Marluce na Editoria de Cidade.

Tinha passado para a de Economia, a cargo do jornalista Jorge Leonardo de Faria, outra lenda do jornalismo, vencedor do Prêmio Esso com um texto sobre Esporte.

Em 2007, quando o Diário da Tarde foi vítima da incompetência dos que o dirigiam, todos os jornalistas se dispersaram. 

Marluce , na verdade, havia caído fora antes.

Desapareceu assim, sem que me desse conta...

Ainda hoje relembro uma foto que ela guardava com todo o cuidado: a da redação do Dário da Tarde.

De uma época em que surpreendia até sua empresa-mãe, o Estado de Minas, mercê de sua vendagem nas ruas e nas bancas, graças talvez à sua equipe, enxuta e competente.

A foto que Marluce guardava hoje pertence à história já que o jornal agora só existes nas páginas do Museu do Jornalismo, na Rua da Bahia, 1450, e na memória de seu ex-funcionalismo e dos leitores.

Todos éramos muito unidos.

Mesmo assim apanhávamos de setores da empresa que privilegiavam os coleguinhas do Estado de Minas,

E não adiantava muito reclamar...

Por vezes em rodinhas no bar do Chico, na Lanchonete Nacional ou na Cantina Metrópole, já que o Flor de Minas, no tempo da Marluce já havia desaparecido ...

À saída da redação por vezes nos encontrávamos, sem o ritual do fechamento das páginas...

Era aí que podia troca meia dúzia de palavras com a jornalista, geralmente falando de sua terra, Boa Esperança, onde ela infelizmente se transformou numa nova estrela ontem e hoje está no Universo infinito.

Mas vai fazer certamente muita falta aos seus amigos e familiares.

Comentários

Fatima de Oliveira disse…
Marluce foi dessas companheiras que a vida te presenteia por tempo determinado. E esse prazo de validade para nos foi rápido. Quem aproveitou, aproveitou. Não a temos mais. E isso doi mas reforça e repete a história de que o que é bom dura pouco. Por isso vivamos amando os amigos, respeitando diferenças, abraçando o mais que pudermos.
Unknown disse…
Marluci além de ótima profissional, tinha voz encantadora q enfeitava nosso coral - CORAL ESTAMINAS - nos agraciando com muitas cantorias feitas pela empresa e outras melhores ainda, feitas em encontros particulares, em nossas residências!!! Como amiga particular, nunca me faltou até voltar para sua terra q tanto amava!!! Agradeço a Deus, ter feito parte da caminhada de Marluci!!! Deixa muita saudade...de tempos q não voltam mais...que éramos felizes E SABÍAMOS!!!

Adriana Doti