Apesar de pressão de Brasil e Argentina, Uruguai diz que vai passar Presidência do Mercosul à Venezuela

                                                                                                                    Efe
De acordo com normas do Mercosul, presidência do bloco deve ser passada ao governo de Maduro em julho

Brasília, Buenos Aires e Assunção se opõem à passagem de liderança do bloco ao governo de Nicolás Maduro; reunião entre chanceleres ocorrerá na segunda.
    
O governo uruguaio afirmou  que passará a presidência do Mercosul à Venezuela, apesar de pressões contrárias de Brasil, Paraguai e Argentina, que tentam evitar a passagem. 

Em um comunicado divulgado no site de seu Ministério das Relações Exteriores, o governo de Tabaré Vásquez, que atualmente preside o bloco, diz que “reitera sua posição no sentido de proceder a passagem da presidência, de acordo com as normas vigentes do Mercosul”.

Segundo a nota, “em cumprimento com as responsabilidades inerentes a sua função e tendo em conta as diferenças existentes”, as autoridades uruguaias trabalharão para “analisar e buscar caminhos de encontro que, por meio do diálogo respeitoso e profundo, levem a superar os importantes problemas que enfrenta, neste momento, o processo de integração regional”.

De acordo com as normas do Mercosul, a troca de presidência no bloco deve ocorrer a cada seis meses em um sistema de rodízio entre os países-membros e, em julho, a deveria ser passada à Venezuela.

Uma reunião está prevista para segunda-feira (11/07) entre os chanceleres do Uruguai, Argentina, Brasil e Paraguai para tratar sobre a situação política na Venezuela. 

A reunião foi convocada pelo Paraguai, único país do bloco regional que deu seu apoio explícito ao secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), Luis Almagro, no processo de aplicação da Carta Democrática da entidade contra a Venezuela.

(Com Opera Mundi)

Comentários