Jornalistas de O Dia e Meia Hora discutem greve

                                                                              

Por conta dos atrasos salariais, incluindo o 13º salário, e da redução de benefícios, jornalistas de O Dia e Meia Hora decidiram iniciar uma greve a partir segunda-feira (23). Em assembleia na última quinta-feira (19/05), os trabalhadores decidiram que a ação será progressiva e começará um ato público na porta da Ejesa, na Rua dos Inválidos 198, na Lapa, às 16h de segunda.

A pauta de reivindicações foi aprovada pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio de Janeiro sexta-feira (20/05) com o comunicado de greve. Os trabalhadores exigem a regularização imediata dos salários atrasados, do 13º salário e das férias de todos os funcionários – celetistas e pessoas jurídicas.

Os funcionários também reivindicam a recomposição salarial de 2015 (7,13%), com o retroativo; a regularização e a manutenção do plano de saúde e do vale-refeição; e a quitação dos depósitos atrasados de FGTS e INSS. A carta exige ainda o pagamento integral das verbas rescisórias dos funcionários que foram demitidos recentemente e a garantia de diálogo permanente com os donos/gestores da empresa.

Na quarta-feira (18/05), foi anunciada a chegada do executivo Mário Cuesta, do Diário de S.Paulo, que deverá atuar como ‘gestor’ da Ejesa e já sinalizou corte de 30% dos custos, incluindo a folha salarial atual.

 O grupo português Ongoing controla 30% do Ejesa. Os outros 70% pertencem à empresária Maria Alexandra Mascarenhas, mulher do português Nuno Vascocellos e que vem a ser acionista do Ongoig. Nuno e Maria Alexandra estiveram se encontraram com Cuesta nesta quarta-feira (18).  O empresário adquiriu a participação do grupo no portal iG em 2015. O maior questão da negociação são as dívidas da Ejesa com funcionários, fornecedores e impostos, que somam mais de R$ 250 milhões.

Na assembleia de quinta-feira, os trabalhadores se manifestaram contrários a novas demissões. Pelo arranjo apresentado pela empresa, Maria Alexandra Mascarenhas e Nuno Vasconcellos continuariam como donos da Ejesa.

A greve nas redações de ‘O Dia’ e ‘Meia Hora’ é o passo mais recente do imbróglio que atravessam os funcionários da Ejesa há dois anos. Os atrasos salariais começaram em 2014 e, de lá para cá, foram se tornando cada vez mais longos e sistemáticos.

(Com a ABI)

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