Ferroviários paquistaneses ameaçam tentrar em greve



                                                                                
Os empregados da empresa estatal Pakistan Railways ameaçam  suspender o serviço de trens em apoio aos seus colegas da Pakistan International Airlines (PIA), em pé de guerra contra a privatização da companhia.


Apoiamos as demandas dos trabalhadores da PIA, não vamos permitir que o governo venda ativos nacionais, advertiu à imprensa C.H Zahoor, dirigente do sindicato dos ferroviários.

Vamos suspender nossos trabalhos em todo o país se o executivo de Nawaz Sharif não refrear seus planos privatizadores, coincidiu Shabbir Chaudhry, Presidente da União de Trabalhadores de Ferrovias.

Ontem, quinta-feira, os trabalhadores da PIA continuaram seus protestos nos principais aeroportos do país, apesar das ameaças de prisão e demissão emitidas pelas autoridades.

A tensão escalou na terça-feira quando três manifestantes morreram depois de serem atingidos por balas, provavelmente disparadas por polícias e rangers na cidade meridional de Karachi.

Syed Qaim Ali Shah, chefe de governo da província de Sindh, cuja capital é Karachi, anunciou uma indenização para as famílias das três vítimas mortais.

Mais de 100 voos foram cancelados nas últimas horas em todo o país, o que provocou o caos nos aeroportos e deixou milhares de passageiros no limbo.

Em uma tentativa de acabar com a paralisação, o governo de Nawaz Sharif anunciou drásticas medidas contra os manifestantes com base numa lei de 1952, que restringe as greves em setores administrados pelo Estado, como as ferrovias, os serviços postais e aeroportuários.

Vários políticos solicitaram uma investigação pela morte dos empregados e criticaram as políticas governamentais.

Nesse sentido, o líder da oposição na Assembleia Nacional, Khursheed Shah, recordou que Sharif recusou no passado a privatização da PIA quando seu partido não estava no poder. 

(Com a Prensa Latina)

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