'Sempre há tentação pela corrupção', diz papa sobre escândalos no Vaticano

                                                                                                                           Efe
                                          O papa Francisco em missa nesta semana no Vaticano

Críticas ocorrem um dia após a publicação de dois livros com documentos secretos da Santa Sé que apontam irregularidades financeiras e excessos de despesas cometidos por membros da Igreja
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Diante de uma série de escândalos no Vaticano, o papa Francisco afirmou nesta sexta-feira (06/11) que é "triste" ver sacerdotes e bispos "apegados ao dinheiro" e que "há sempre tentação pela corrupção".


"O cristão está chamado ao serviço, não a servir-se dos outros", sintetizou Francisco. "Também na igreja há desses que, ao invés de servir, de pensar nos outros, de estabelecer os fundamentos, se servem da igreja: os apegados ao dinheiro. E quantos sacerdotes, bispos, vimos assim. É triste dizer, não?".

As declarações foram dadas durante uma entrevista ao jornal holandês Straatnieuws que foi divulgada pela Rádio Vaticano. Elas ocorrem um dia após a publicação de dois livros com documentos secretos da Santa Sé que apontam irregularidades financeiras e excessos de despesas cometidos por alguns cardeais e funcionários do Vaticano.
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Um dos exemplos sobre denúncias de corrupção é o do ex-secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Tarcisio Bertone, que teria usado recursos de uma fundação administrada pela Igreja para reformar um apartamento de luxo em que vive, no valor de 300 mil euros.

Casos como este foram descritos nos livros "Avarizia" ("avareza") e "Via Crucis", dos jornalistas Emiliano Fittipaldi e Gianlugi Nuzzi. Segundo a agência de notícias italiana Ansa, as duas publicações já se esgotaram em diversas livrarias da Itália e estão sendo chamadas de "Valileaks 2".

Nesta semana, a Igreja Católica afirmou que os documentos contidos nesses livros procedem de relatórios realizados por órgãos da Santa Sé por encomenda do papa em seu plano de reforma interna das instituições vaticanas e que correspondem a uma "fase de trabalho já superada", contou a Agência Efe. (Com Opera Mundi)

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