Persiste bloqueio contra Cuba apesar de normalização com EUA



   

Cuba denunciou ante a ONU a persistência de ações relacionadas com o bloqueio dos Estados Unidos à ilha após o 17 de dezembro do 2014, data em que os presidentes Barack Obama e Raúl Castro anunciaram a reabertura das respectivas sedes diplomáticas em ambos países.

Apesar de que isso representou um passo importante no início do processo para a futura normalização das relações entre as duas nações o aplicativo das medidas de assédio comercial e financeiro por parte de instituições e empresas norte-americanas continuaram obstaculizando e causando danos e privações ao povo cubano.

O relatório elevado às Nações Unidas por Cuba sobre o comportamento do bloqueio ainda após o mencionado anúncio feito pelos dois mandatários, incluiu a negativa da empresa norte-americana Gene Tech Scientific à venda de cromatógrafos utilizados para investigações e diagnósticos em áreas bioquímica, farmacêutica e médica.

Pouco depois, em 18 de janeiro de 2015, conheceu-se que a companhia também estadunidense PayPal congelou a conta de Brian e Jan Pichi, um casal de horticultores canadenses devido a seu uso para pagar uma viagem de três semanas à nação caribenha a fim de conhecer sobre a agricultura cubana.

Em fevereiro de 2015 a subsidiaria do banco Santander, no México, recusou efetuar uma transferência de 68 mil 290 euros emitida pelo grupo de solidariedade a Cuba na Alemanha ao Centro de Estudos Monetários Latino-americanos, a qual pagava sua quota de membros.

Poucos dias depois a companhia PayPal recusou uma transferência de 90 euros emitida pelo grupo de solidariedade a Cuba na Alemanha Flilfe-Dormund, devido às regulações do bloqueio.

Em 12 de março de 2015 o banco alemão Conmerzbank lembrou com os departamentos do Tesouro e Justiça, a Reserva Federal, o departamento de serviços financeiros e o Escritório do Promotor de Nova York pagar uma multa de 1 bilhão 710 milhões de dólares por violação de regulações contra Cuba, Irã, Sudão e Myanmar, entre elas 56 transações relacionadas com Cuba.

Como resultado disso, estão imobilizados fundos cubanos por 50 mil libras esterlinas e 53 mil francos impossibilitando efetuar pagamentos com eles.

Em 20 de março do 2015 os fundos transferidos desde Cuba para financiar despesas correntes de suas embaixadas em Kiribati, Guiné Equatorial e Cazaquistão, foram recusados por vários bancos, devido às regulações do bloqueio contra Cuba.

Outras medidas do mesmo tipo estão incluídos no relatório à ONU e mostram a vigência irracional das disposições do bloqueio ainda enquanto se terminavam os ajustes que permitiram a abertura de embaixadas em Washington e Havana. (Com Prensa Latina)

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