Não renunciaremos à solidariedade, à luta pela dignidade humana e a justiça social

                                                                             
Em seu breve e contundente discurso, o presidente cubano referiu-se às problemáticas que afetam o mundo de hoje, como as crises migratórias e a polarização das riquezas

O presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros de Cuba, general-de-exército Raúl Castro Ruz discursou na manhã do sábado, 26 de outubro, na Cúpula da ONU sobre os objetivos de desenvolvimento sustentável 2015-2030.

Em seu breve e contundente discurso, o presidente cubano referiu-se às problemáticas que afetam o mundo de hoje, como as crises migratórias, motivadas pelos conflitos bélicos e a difícil situação econômica que enfrenta uma parte da humanidade, o qual incrementa a fenda entre o Norte e o Sul e a polarização das riquezas.

Raúl enfatizou na importância de que os debates sobre temas como os objetivos de desenvolvimento sustentável compulsem para a tomada de acordos que se possam concretizar em ações.

“Se queremos um mundo habitável e de paz e concórdia entre as nações, de democracia, justiça social e respeito aos direitos humanos de todos, teríamos que adotar compromissos tangíveis em matéria de ajuda ao desenvolvimento e resolver o problema da dívida, já várias vezes paga”, expressou.

“Seria necessário, continuou, criar outra arquitetura financeira internacional, eliminar o monopólio tecnológico e do conhecimento das nações industrializadas e que estas aceitem sua dívida histórica, a partir de responsabilidades comuns, mas diferenciadas”.

“A falta de recursos não é justificação para não fazê-lo, acrescentou, pois anualmente se investem bilhões de dólares em armas”.

O presidente cubano manifestou que o restabelecimento de relações diplomáticas entre Cuba e os Estados Unidos, a abertura de embaixadas e as mudanças na política para nosso país, declarados por Obama; constituem um importante avanço que tem concitado o apoio internacional.

Contudo, precisou, “persiste o bloqueio econômico, comercial e financeiro por mais de meio século, o qual causa danos e privações ao povo cubano, é o principal obstáculo para o desenvolvimento do país, afeta outras nações por sua extraterritorialidade, e prejudica os cidadãos e empresários estadunidenses. Ainda, o bloqueio tem sido rechaçado em inúmeras ocasiões pela esmagadora maioria dos países membros da Organização das Nações Unidas”.

Apesar de tudo, Cuba cumpriu os objetivos do milênio e ofereceu sua ajuda a outros países em vários setores, o que continuaremos fazendo com nossos modestos esforços; disse Raúl. “Não renunciaremos à solidariedade, à luta pela dignidade humana e a justiça social, que são convicções profundas de nossa sociedade socialista; concluiu. (Com o Granma)

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