Lembrar é resistir: o teatro na luta pela Verdade, Memória e Justiça

                                                        
                              Cena da peça "Lembar é resistir", no extinto Deops de São Paulo


Sábado Resistente de 8 de agosto mostrará trechos da peça, filmados durante as encenações nos prédios dos extintos Deops/SP e Dops/RJ, e debate com o autor Izaías Almada e Nelson Xavier, diretor da montagem carioca

O Sábado Resistente de 8 de agosto discutirá o papel do teatro na luta pela Verdade, Memória e Justiça, por meio da apresentação de trechos da peça Lembrar é resistir filmados durante as encenações realizadas nos prédios do antigo Deops e DOPS nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, e do debate a seguir com Izaías Almada e Nelson Xavier. Almada é um dos autores da obra, escrita em parceria com Analy Alvarez, e Xavier foi responsável pela montagem carioca.

Escrita em 1999 para “ser apresentada no âmbito das comemorações dos 20 anos de Anistia”, segundo Analy Alvarez e Izaías Almada, a obra foi encenada nas dependências do extinto Departamento Estadual de Ordem Política e Social (Deops), onde desde 2009 funciona o Memorial da Resistência de São Paulo. Programada para ter uma única apresentação, a peça, dirigida por Silnei Siqueira, ficou um ano em cartaz e gerou montagens posteriores.

As cenas transcorrem nas celas e salas do centro de repressão política pelas quais passaram milhares de brasileiros durante a ditadura civil-militar de 1964-1985.

No Rio de Janeiro, a obra foi dirigida pelo ator e diretor Nelson Xavier e adaptada pelo escritor Ivan Jaf para incluir personagens que ficaram presos no Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) carioca, tendo sido encenada neste prédio símbolo dos Anos de Chumbo.

Diferentemente de São Paulo, onde o ex-Deops foi substituído por um lugar de memória e promoção dos direitos humanos, a sede do ex-DOPS do Rio de Janeiro continua sob administração da Polícia Civil e é alvo de campanha de organizações da sociedade civil para que seja tombada e transformada em espaço de memória e consciência.

Neste Sábado Resistente, Izaias Almada e Nelson Xavier abordarão a importância histórica dessas duas montagens, que terão trechos gravados em vídeo à época exibidos para ilustrar a conversa com o público.

Por meio do debate sobre Lembrar é resistir, o Sábado Resistente prestará uma homenagem a todos os autores, diretores, atores e técnicos que enfrentaram corajosamente a ditadura com seu trabalho, criatividade e compromisso.

Veja, baixe o cartaz e ajude a divulgar este Sábado Resistente clicando neste link.

A atividade é gratuita e não é necessário se inscrever.

PROGRAMAÇÃO

14h – Boas vindas
Kátia Felipini Neves (Memorial da Resistência de São Paulo)
Ana Paula Brito (Núcleo de Preservação da Memória Política)

14h15 – Apresentação de trechos em vídeo das duas montagens de Lembrar é resistir
15h – Conversa com o público
- Izaias Almada (jornalista, escritor e coautor de Lembrar é resistir)
- Nelson Xavier (ator, diretor da montagem carioca de Lembrar é resistir)

Os Sábados Resistentes, promovidos pelo Memorial da Resistência de São Paulo e pelo Núcleo de Preservação da Memória Política, são um espaço de discussão entre militantes das causas libertárias, de ontem e de hoje, pesquisadores, estudantes e todos os interessados no debate sobre as lutas contra a repressão, em especial à resistência ao regime civil-militar implantado com o golpe de Estado de 1964. Os Sábados Resistentes têm como objetivo maior o aprofundamento dos conceitos de Liberdade, Igualdade e Democracia, fundamentais ao Ser Humano.

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