A hora e a vez da Reforma Agrária em Minas Gerais

                                                                   
                                                                               Leandro Taques/Divulgação

Dois mil sem terra vêm à capital para cobrar do governo os compromissos assumidos com os camponeses mineiros.

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra chega a Belo Horizonte a partir desta terça-feira, 18, para iniciar a Jornada Mineira de Lutas por Reforma Agrária. A jornada tem como foco denunciar a paralisação da Reforma Agrária no país, a política econômica perversa do governo federal, que coloca em risco a conquista de direitos dos trabalhadores e cobrar o compromisso do Ministério do Desenvolvimento Agrário em assentar todas as 5 mil famílias acampadas do MST no estado.

O movimento trás reivindicações históricas que o governo garantiu atender, como a erradicação da pobreza no campo, o investimento em infraestrutura e no desenvolvimento dos assentamentos, bem como um programa de agroindústrias, o desenvolvimento de um plano de recuperação ambiental para o estado, a abertura de escolas do campo e a garantia de desapropriações das áreas emblemáticas: acampamento Terra Prometida, onde aconteceu o massacre de Felisburgo; o acampamento Nova Vida, em Novo Cruzeiro, onde as famílias resistem há 14 anos e a fazenda Ariadnópolis, na qual vários acampamentos resistem há 16 anos. 

De acordo com Silvio Netto, da coordenação estadual do movimento, “não tem mais motivos para adiar o atendimento das nossas demandas.” Ele afirma ainda que reconhece a abertura do governo para diálogo, mas reitera “somente conversa não basta, precisamos de ações concretas”.

A jornada iniciará com uma marcha às 7 horas da manhã, pela avenida Cristiano Machado até a cidade administrativa, onde será realizado um ato político pela Reforma Agrária. Em seguida, o MST montará acampamento na Assembleia Legislativa, onde continuará a programação.

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