Trabalhadores da educação e saúde de Contagem realizam assembleia e param BR

                                                               

A manhã de quinta-feira (11) foi de manifestação para o funcionalismo público da educação e saúde de Contagem. Após a realização de assembleia geral com paralisação geral de ambas as categorias, realizada na Praça da Cemig, os trabalhadores fizeram uma passeata na Avenida Cardeal Eugênio Pacceli, sentido Belo Horizonte, parando parte da via por cerca de 40 minutos.

Os trabalhadores reivindicam aumento salarial que ao menos cubra a inflação do período, visto que o governo municipal está irredutível até então, oferecendo 0% de reajuste. O prefeito Carlin Moura alega que a crise econômica fez com que a arrecadação do município caísse e um aumento salarial para o funcionalismo público excederia o limite da lei de responsabilidade fiscal.

Contudo, a diretoria do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-Ute Contagem) produziu recentemente uma cartilha que apresenta um estudo das finanças da Prefeitura de Contagem. “Houve superávit nas contas nos últimos anos e a arrecadação aumentou consideravelmente. Não temos culpa se a má gestão do governo fez com que não tenha verba para pagar os trabalhadores. Nós não temos que pagar por isso”, alegou a diretoria do sindicato.

Na terça-feira (9), a coordenadora geral do Sind-Ute Contagem, Sueli da Rocha, falou na Tribuna Livre da Câmara Municipal, durante reunião ordinária da Casa. Ela esteve acompanhada de trabalhadores do Quadro Administrativo da Educação e expôs aos vereadores a situação da educação. “Gostaria que os legisladores pudessem interceder pelos trabalhadores da educação e todos os demais servidores públicos, junto ao governo municipal, para que não sejamos penalizados por uma crise que não temos culpa e principalmente pela má gestão da prefeitura”, disse.

Ao final da assembléia, os trabalhadores da educação votaram pela manutenção do estado de greve até o dia 1º de julho, quando eles voltam a ser reunir. Até lá, a categoria irá buscar alternativas para tentar novas negociações com o governo municipal. “Vamos ocupar a Câmara Municipal, a Prefeitura, visitar escolas e realizar atos unificados com os demais servidores da cidade”, acrescentou a diretoria do Sind-Ute Contagem.

Manifestação

Centenas de trabalhadores da educação e da saúde se reuniram no local e, com caminhão de som, bandeiras e bonecos com as caricaturas do prefeito Carlin Moura e demais secretários da Prefeitura de Contagem, desceram pela Avenida Cardeal Eugênio Pacceli, sentido Belo Horizonte por cima da trincheira do bairro Industrial. Com o apoio da Polícia Militar e da Guarda Municipal, os manifestantes entoaram palavras de ordem como “0% eu não aceito, eu me dedico é 100%” e “Trabalhador na rua, Carlin a culpa é sua”.

Presente na manifestação, a diretoria do Sind-Saúde de Contagem destacou a falta de estrutura nos equipamentos públicos de saúde da cidade e a desvalorização dos profissionais. Os trabalhadores da saúde levaram três caixões, com a foto do prefeito Carlin e com diversos outros nomes ligados à prefeitura e palavras como “corrupção”, simbolizando a morte da saúde, com toda a sua precariedade em Contagem.

A manifestação foi pacífica e teve como objetivo mostrar toda a indignação dos servidores da saúde e educação com o governo do PCdoB. (Com a Conlutas)

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