Servidores da Prefeitura de Belo Horizonte permanecem em greve

                                                                 
                                                                                               Sindibel
   
Além de “Reajuste Zero” proposto pelo governo municipal, funcionários denunciam piora nas regras de férias e outros direitos

Rafaella Dotta

De Belo Horizonte (MG)

Cerca de 2 mil pessoas participaram, na terça (26) e quarta (27), de manifestações a favor do reajuste salarial e permanência dos direitos dos servidores da Prefeitura de Belo Horizonte. A greve começou na segunda (25) e pretende pressionar a PBH a manter atuais regras de férias e reajustes salariais.

No dia 26, os manifestantes realizaram uma lavagem das escadarias da prefeitura, com a intenção de “lavar da PBH a falta de condições de trabalho, o assédio moral e outras sujeiras”, afirma o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sindibel), Israel Arimar.
   
Os atos são organizados por sete entidades, que representam 200 mil trabalhadores. Segundo Israel, a PBH apresentou as propostas em separado para as entidades, indicando a suspensão ou modificação de pelo menos quatro direitos dos servidores, como acabar com as férias prêmio e o quinquênio.

“O que está sendo apresentado pela área econômica da PBH é a redução drástica dos direitos dos trabalhadores”, critica Israel, lembrando que a análise do Departamento Intersindical de Economia e Estatística (Dieese) encomendado pelo sindicato indica que a arrecadação de verbas da PBH não atingirá a meta, mas deve ser maior que o ano anterior.

Prefeitura nega

A PBH afirma que as finanças do município foram “profundamente afetadas pela crise econômica que abala o país”, com queda de arrecadação de 8,3%. A prefeitura nega, ainda, que tenha proposto o “Reajuste Zero” aos servidores, destacando que aguarda o resultado da arrecadação dos próximos meses.

Na segunda (1), os servidores realizam nova assembleia para decidir as próximas ações. Segundo o presidente do Sindibel, foi enviada à PBH uma solicitação de proposta que, se não for respondida, aumentará a tendência de continuação da greve. (Com o Brasil de Fato)

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