Cardeal cubano Jaime Ortega: “Se existem presos políticos em Cuba que nos apresentem a lista”
O cardeal cubano, ante a visita do papa Francisco à Ilha, critica uma campanha midiática orquestrada contra ele por Miami e insiste que não existem presos políticos em Cuba
“A próxima visita do papa não é essencialmente política, é uma visita com uma profunda mensagem pastoral com o ânimo de acentuar o espírito de diálogo na Igreja e para fora, para o mundo que nos rodeia. O papa elogiou muito o diálogo entre Cuba e os EUA e o colocou como exemplo de como é possível resolver os problemas de maneira diplomática, evitando confronto e violência”.
São as palavras do cardeal cubano Jaime Ortega, que criticou a campanha orquestrada contra ele pelos meios de comunicação de Miami (EUA) e recordou que “quando ocorrer a visita do papa a Cuba existirão muitos que a promoverão e a desejarão”.
“Inclusive de Miami e EUA, já há grande quantidade de cubanos que organizam aviões para vir. Porém, existem outros que se sentem mal porque lhes parece que a visita tem conotações políticas e criam um ambiente um pouco pesado dentro e fora, como ocorreu da outra vez”, acrescentou.
A imprensa do exílio cubano está utilizando alguns segundos de uma entrevista feita com o cardeal pela Cadena SER da Espanha para iniciar uma campanha contra ele, aludindo que supostamente negava a existência de presos políticos em Cuba.
A resposta de Ortega foi contundente: “Se existem presos políticos que nos apresentem a lista porque estamos recebendo centenas de cartas por indultos que a gente espera que sejam aceitos, porém nenhuma indica delito político”.
Ortega assegurou que além da libertação de presos políticos e comuns, “na vida da Igreja existem outras manifestações públicas, como o percurso da Virgem da Caridade por toda Cuba, sua presença em fóruns civis, sociais, inclusive nas prisões, em hospitais. Tudo isto indica a normalização progressiva da vida da Igreja em Cuba”.
Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB)
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