A Força do Povo, e os que a temem




A Marcha convocada pela CDU para Lisboa constituiu uma impressionante afirmação de força e de capacidade de mobilização. Perante a enorme dimensão da marcha, os comentadores do costume vieram já com a sua ladainha da “máquina” orgânica do PCP, como se tal “máquina” pudesse existir no vazio e se manifestasse em quaisquer condições, apenas em resultado de uma forte militância e disciplina.

Querem esconder a realidade. Uma Marcha como a que percorreu e encheu as avenidas centrais de Lisboa resulta, certamente, do prestígio e da confiança em quem a convocou. Mas teve a enorme dimensão que assumiu porque respondeu à necessidade colectiva e popular de afirmar que o “estado das coisas actual” há muito deixou de ser tolerável ou suportável. Porque deu voz (porque deu cem mil vozes) não apenas à rejeição de uma política, mas ao direito das massas em movimento de tomarem nas próprias mãos o futuro do país.

Silenciada nos grandes media desde o momento da sua convocação, tentarão agora passar ao esquecimento o imponente acontecimento político que a Marcha constituiu. É compreensível o temor do grande capital perante ela. Enquanto aposta todos os seus recursos económicos, políticos e mediáticos na falsa bipolarização das opções “possíveis” entre os partidos da troika nacional PS-PSD-CDS, o êxito da Marcha só pode dar-lhe motivos de alarme.
A Marcha mostrou ao povo a sua força. Constituiu um poderoso impulso num difícil caminho ainda a percorrer. Está nas mãos do povo o percurso a prosseguir. Com um muito forte acréscimo de energia e confiança para os combates futuros.

Os Editores de odiario.info /Partido Comunista Português

Comentários