Em Havana, sonhando com a liberdade

                 
                
José Carlos Alexandre

Quero lhes falar mais uma vez de Havana.

Havana, capital do arquipélago cubano, formado por mais de 100 ilhas.

Onde se destaca Cuba, um dos poucos países socialistas do mundo.

Do Aeroporto José Martí vou  de carro para o hotel.

Um  charmoso prédio pertencente à Universidade de Havana, onde se hospedam alguns professores, estudantes e uns poucos turistas.

O clima é muito parecido com o do Rio de Janeiro nos dias nais quentes: cerca de 40 graus.

Uma vez ou outra o Golfo do México, onde se situa Havana, é cortado por uma leve brisa, melhor apreciada por quem se encontra no Malecon.

No quarto, o ar condicionado parece não dar conta de espantar o calor.

Também não faz mal.

Estou ansioso por um banco de imersão, na banheira que me cheira aos anos 50...

Saio apressadamente, aproveitando as sombras do Vedado, um dos principais bairro habaneros...

Logo ganho o Malecon e me dirijo à Casa das Américas, para ver as novidades editoriais, tomar conhecimento das principais exposições e concursos, ver se encontro alguém com quem conversar um pouco sobre a cultura cubana.

Não demoro muito pois estou mais a fim de tomar um daiquiri no La Floridita.

Faço-o depois de tomar um táxi desses tradicionais na ilha: um ótimo Chevrolet de cor avermelhada.

Resolvo também comer qualquer coisa e lembro-me dos ótimos pratos de Varadero, onde o must é

apreciar uma boa langosta... ao som de violinos e acordeons...

Varadero está a duas horas de Havana.

Contento-me com um bom arroz mouro acompanhado de pollo e, lógico, repetindo daiquiris...

A música é típica cubana e alguns dos músicos me parecem do tempo em que Ernest Hemingway  esbanjava  simpatia encostado no balcão, hoje uma espécie  de templo sagrado pelos seus admiradores.

Dele restam autógrafos, algumas fotos e um busto que o representa, com aquela barba hollywoodiana.

Veem-me à lembrança as cenas de Santiago lutando contra tubarões em "O Velho e o Mar".

Deve ser feito dos daiquiris...

Peço a continha e tomo um ciclo-riquixá com a recomendação de que me deixe no hotel mas passando pela Praça da Revolução.

Afinal quero mais uma vez apeeciar pelo Monumento a José Martí.

De seu mirante,dizem que, nos dias de lua cheia, é possível avistar-se Miami.

Não sei se é verdade.

Quando alcancei o mirante, quando de minha primeira estada em Havana, fi-lo durante o dia, com o Sol escaldante...

Contento-me a fotografá-lo.

O retrato de Guevara é o grande destaque da Praça, ao lado da imagem ampliada de Martí.

Passo pela Universidade de Havana, de 1728, uma das primeiras do Continente, e logo, logo, estou no hotel, em condições ainda de apreciar uma cerveja antes de dormir profundamente.

À noite, bem à noite, vou ver um show no Hotel Habana Libre.

Também mereço, como todos os cubanos, homens e mulheres finalmente livres de todo tipo de exploração.

Como brasileiro, um dia acho que também chegaremos lá...

Comentários

Unknown disse…
Felicíssimo Jose Carlos Alexandre,
Dê um pulinho também na "Cantina Del Médio" e sorva uma boa margherita; depois vá saborear um cerdo no restaurante "La torre" - o prédio mais alto de Cuba (quando estive lá eu me recusava a olhar ao longe para fugir da "lenda" que via as luzes de Miami.]