E a música universal perde B.B. King


                                                                  

Esquerda Diário - Os meios de comunicação dizem que "o desequilíbrio que, ao final, tornou-se irreversível esta madrugada, começou em outubro do ano passado, quando o músico teve que cancelar uma turnê e durante abril do ano passado o levou a ser internado por desidratação."

O lendário artista, cujo nome verdadeiro era Riley B. King, nasceu em Mississippi em 16 de setembro de 1925 em uma plantação de algodão perto de Itta Benna, Estado de Mississippi, onde trabalhou em uma fazenda durante os primeiros anos de sua vida, enquanto assistia algumas horas de aula em uma pequena escola local.

Esteve quase sem parar por 60 anos fazendo shows com sua guitarra Gibson preta, que ele chamava de Lucille. O músico, que entrou para o Hall da Fama do Rock and Roll em 1987, começou sua carreira musical na década de 40 e, desde então, gravou mais de 50 álbuns. Ganhou quinze prêmios Grammy, mais do que qualquer outro músico de blues.

Entre suas canções mais conhecidas estão "Three O'Clock Blues", dos anos 50, "The Thrill Is Gone" de 1970, e "When Love Comes to Town" de 1989, uma colaboração com os irlandeses do U2.

Ele foi um dos expoentes do blues quando o gênero teve sua maior popularidade, nas décadas de 40 e 50. Mas sua produtiva carreira de sucesso c, quando apega até os dias de hoje, quando apenas a debilidade física freou suas turnês e shows. Muitos artistas do mundo todo o consideravam um de seus mais influentes mestres. Incluindo Eric Clapton e o argentino Norberto "Pappo" Napolitano.

Foi justamente graças a um convite de King que Pappo chegou a tocar no lendários estádio Madison Square Garden, em Manhattan. Era meados dos anos 90 e lá eles compartilharam um momento que ficaria para a história do blues internacional.
                                   
BB King foi pela primeira vez para a Argentina em 1980, quando fez um show no auditório do Hotel Bauen e outro como parte do Buenos Aires Festival de Jazz no estádio Waterworks. Logo voltou em dezembro de 1991, e desde então voltou com certa regularidade e forjou seu vínculo com Pappo, a quem ele chamava de "Mr. Cheese" (Sr. Queijo).

Depois de uma série de visitas que duraram até 1998, esteve 12 anos distante e, quando voltou - em março de 2010 no Luna Park - ele disse aos seus seguidores: "Sim, eu tenho 84 anos, mas eu não estou morto".

O célebre artista veio ao Brasil em oito diferentes turnês, sendo a última entre os meses de setembro e outubro de 2012, quando já estava próximo de completar 87 anos e fez 5 shows no país.

Em abril deste ano, King havia sofrido um quadro de desidratação após uma complicação com sua diabetes, a qual sofria havia vinte anos. De acordo com o site TMZ, nas últimas semanas houve um conflito entre sua filha, Patty King, que acreditava que seu pai estava recebendo tratamento inadequado e chamou a polícia quando seu empresário, Laverne Toney, recusou-se a levá-lo a um hospital.

(Com a Télam - TMZ-Diário Liberdade)

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