"500 – Os bebês roubados pela ditadura argentina"

                                              


Exibição e debate do filme "500 – Os bebês roubados pela ditadura argentina" 

Encontro do dia 9 de maio, no Memorial da Resistência de São Paulo, terá conversa sobre o filme com Jan Rocha, Luiz Eduardo Greenhalgh e Rita Sipahi

No quinto Sábado Resistente de 2015 será exibido o filme 500 – Os bebês roubados pela ditadura argentina, dirigido por Alexandre Valenti.

O filme retrata uma das práticas mais aterradoras da ditadura militar argentina, que foi o sequestro sistemático de bebês e crianças, filhos de presos e desaparecidos políticos, que eram apropriados por seus algozes como espólios de guerra. A partir das iniciativas das Avós da Praça de Maio, foi criado o “Banco dos 500”, com amostras de seu próprio sangue, o que possibilitou a descoberta de 116 das 500 crianças sequestradas.

500 – Os bebês roubados pela ditadura argentina narra esta incansável luta das Avós da Praça de Maio, que tem início na Argentina em 1976 com a participação do Grupo Clamor, e perdura até os dias de hoje, até que o último dos 500 seja encontrado.

Nascido na Argentina (Villa Cañas, Santa Fé), Alexandre Valenti é autor, diretor e produtor de vários filmes e documentários para o cinema e televisão.  Este filme teve uma primeira versão em francês, produzido pela INTUITION Films & Docs, em uma coprodução com CEPA Audiovisual (Argentina), tendo recebido o prêmio FIPA D’Or – prêmio do Júri para Novos Talentos – na XXVI FIPA Internacional (França, 2013).

O filme  foi realizado no âmbito do projeto Marcas da Memória, da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, e sua exibição no Memorial da Resistência conta com o apoio da Comissão.

A atividade é gratuita e não é necessário se inscrever.

PROGRAMAÇÃO

14h - Boas vindas
Kátia Felipini Neves (Memorial da Resistência de São Paulo)
Maurice Politi (Núcleo de Preservação da Memória Política)

14h15 Projeção do filme

15h30 Debate com o público

Jan Rocha - Jornalista da Agência Pública, fundou em 1977 Associação dos Correspondentes Estrangeiros – ACE. Autora dos livros Rompendo a Cerca – A história do MST (2004) e Haximu: o massacre yanomami e suas consequências (2006). 

Atualmente escreve a história do Comitê de Defesa dos Direitos Humanos para os Países do Cone Sul (CLAMOR), uma organização que ajudou a criar em 1978 para defender os direitos humanos no período das ditaduras na América do Sul.

Luiz Eduardo Greenhalgh - Advogado formado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Membro fundador do PT, foi deputado federal por São Paulo e vice-prefeito de São Paulo no governo de Luiza Erundina (1989-1993). 

Ativo membro do CLAMOR, participou da criação de uma comissão especial, o Comitê Brasileiro de Solidariedade aos Povos da América Latina, em 1980.

Rita Sipahi - Advogada e conselheira da Comissão de Anistia, foi militante da Ação Popular (AP) e do Partido Revolucionário dos Trabalhadores (PRT).

Os Sábados Resistentes, promovidos pelo Memorial da Resistência de São Paulo e pelo Núcleo de Preservação da Memória Política, são um espaço de discussão entre militantes das causas libertárias, de ontem e de hoje, pesquisadores, estudantes e todos os interessados no debate sobre as lutas contra a repressão, em especial à resistência ao regime civil-militar implantado com o golpe de Estado de 1964. Os Sábados Resistentes têm como objetivo maior o aprofundamento dos conceitos de Liberdade, Igualdade e Democracia, fundamentais ao Ser Humano.

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