Parque Lenin e Disneylândia

                               
   
José Carlos Alexandre                 

Estados Unidos e Cuba deram sequência à détente iniciada na África do Sul quando da morte do líder local Nelson Mandela. 

 Raúl Castro, com a fisionomia um pouco tensa e, ao que parece, com os pés inchados, falaria oito minutos, acabou falando quase 50. 

Obama lembrou que a principal crise entre os dois países é anterior ao seu nascimento.

Ambos pareciam dispostos a "dar uma prova o quanto se pode avançar, deixando de lado preconceitos e antagonismos", como lembrou a presidente brasileira Dilma Rousseff. 

Obama ficou devendo não só fechar a base norte-americana em Cuba, promessa de seu primeiro mandato, como também trabalhar junto ao Congresso para por fim ao embargo econômico contra o arquipélago cubano.

Como disse alto e em bom som o presidente venezuelano Nicolás Maduro, "Obama não é nenhum George W. Bush", portanto, é provável que as relações entre os dois países evoluam.

Gostaria de ver, se minha saúde permitir nova visita à ilha socialista, uma Disneylândia ao lado do Parque Lenin, como diria meu amigo, o jornalista Leandro Alexandre Perché.

Não seria por isso que Cuba deixaria de ser o primeiro país socialista desta parte do mundo...

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