Ipatinga dá nome simbolicamente de Nestor Vera a Avenida Castelo Branco

                                                   


Veja texto encaminhado pelo PCB de Ipatinga:

"Hoje, 31 de março de 2015, estivemos em um ato na Avenida Castelo Branco no 

bairro Horto em Ipatinga com o objetivo de informar à população sobre a contradição 

de se ter uma avenida com o nome de um ditador que articulou, junto a outras 

pessoas, a ditadura militar.

Neste evento, tivemos a presença de estudantes e de trabalhadores da região 

do Vale do Aço que obtiveram, por meio de conversas e por meio de alguns cartazes 

informativos, o conhecimento real de quem foi Castelo Branco.

Dessa forma, destacamos que Castelo Branco:

1) Foi um dos articuladores do regime ditatorial que dizimou milhares de pessoas 

2) A Comissão Nacional da Verdade (CNV) mostrou que os militares que 

3) A relação de vítimas pode ser maior, já que, conforme a comissão, as Forças 

4) A tortura foi uma política de Estado repressor durante a ditadura militar.

Diante dos itens elencados acima, nos posicionamos contrários ao nome de Castelo 

Branco que teve o seu nome outorgado em uma avenida. Dessa forma, 

simbolicamente, sugerimos o nome de Nestor Vera como substituto ao nome de um 

ditador que em seu governo esteve alinhado aos interesses de um Estado repressivo e 

que não tem nada de humanista.

Durante o ato Daniel Cristiano e alguns militantes criticaram os atos desumanos 

(por meio da leitura de um resumo cronológico sobre o regime militar) que dizimou 

milhares de pessoas pelo e para os interesses da classe dominante. Essas críticas foram 

intercaladas com músicas da época tendo como exemplo os cantores e cantoras: Chico 

Buarque, Lenine, Geraldo Vandré, dentre outros.

No momento do ato tivemos a presença ilustre de um senhor que nos deu os 

parabéns pela iniciativa. Aos parabenizar o evento ele chorou de emoção e nos 

informou que ele foi torturado, pelos militares, aos 17 anos de idade. Dessa forma, 

com muita emoção/tristeza ele relembrou os momentos de angústia vividos naquela 

época.

Alguns alunos do curso de Psicologia de uma Faculdade particular da região 

estiveram presentes e pediram algumas informações devido a um trabalho que está 

sendo elaborado em sala de aula sobre a ditadura militar. Sendo assim, alguns 

militantes se prontificaram a estabelecer outros debates sobre o tema. 

Destacamos também que durante o ato a Policia Militar esteve no local do evento 

e um de nossos militantes (Wagner Schneider) conversou com eles. Diante da 

conversa, a Polícia Militar, entendeu que se tratava de um ato pacífico e com viés 

humanista. 

O ato contou com a presença de militantes da Unidade Classista, do Coletivo Ana 

Montenegro, do Coletivo Minervino de Oliveira e da União da Juventude Comunista 

(UJC)."

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