Manifestação em massa do KKE contra o novo acordo

                                                         
            
Boletim de informação da Seção de RI do Comitê Central do Partido Comunista da Grécia

Em 27 de fevereiro, à tarde, milhares de pessoas participaram da manifestação do KKE fora do parlamento contra o novo acordo antipopular do governo SYRIZA-ANEL com a União Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional.

A grande manifestação tinha como lema “Nenhuma tolerância ao novo acordo entre o Governo e União Europeia pela ampliação do memorando. Abolição imediata dos memorandos e das leis de aplicação. Recuperação das perdas. Ruptura com a União Europeia, o capital e seu poder”.

Em seu discurso na manifestação, o Secretário Geral do CC do KKE, Dimitris Koutsoumpas, disse entre outras coisas que o governo, um mês após as eleições, não só não trouxe ao parlamento um projeto de lei pela abolição dos memorandos e das leis de aplicação, que uma parte significativa do povo grego acreditava que ia fazer, mas ao contrário, chegou a um novo acordo com a União Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional. Este acordo tanto em essência como em forma é uma ampliação do memorando existente e dos compromissos previstas nele, ou seja, da continuação da política antipopular dos governos anteriores.

O Secretário Geral do CC do KKE avaliou que, depois o prolongamento de 4 meses, fará um novo acordo-programa, ou seja, um novo memorando, qualquer que seja seu nome, para os próximos anos.

Dimitris Koutsoumpas apelou ao governo que informe imediatamente o Parlamento sobre o novo acordo de 4 meses e que o submeta à votação nominal, como solicitado pelo KKE. Também acrescentou: “O governo chama de carne o pescado e fala de ampliação do contrato de empréstimo e não do memorando. 

No entanto, todos nós sabemos que o contrato de empréstimo e o memorando são inseparáveis. O senhor Tsipras dizia estas mesmas coisas há pouco tempo, quando estava na oposição. Além disso, o memorando tem leis de aplicação. Novas leis antipopulares serão promovidas para que o governo aprove a avaliação e receba a entrega em junho. Além disso, este governo, com sua política, não tem a intenção de dar ao povo tudo que perdeu devido aos memorandos. 

Quanto às migalhas que prometeu ao povo, agora diz que vai dá-las gradualmente, quando permitirem as condições, as metas fiscais e, é claro, os credores. A Troika foi denominada de “as três instituições”, como se não fosse a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional. Mantém-se em vigor e fortalecem todas as medidas tomadas pelo capital e seus governos, junto com a União Europeia em condições de crise econômica, que jogou as consequência sobre as costas dos trabalhadores, reforçando a rentabilidade capitalista. Além disso, tudo o que se dizia sobre uma negociação “orgulhosa” era publicidade enganosa”.

O Secretário Geral do CC do KKE se referiu ao projeto de lei apresentado pelo KKE pela abolição dos memorandos e das medidas antipopulares, assim como pela a organização da luta por medidas que aliviarão a vida das camadas operárias e populares, pela recuperação de seus direitos e receitas, pela ruptura com a União Europeia e com os monopólios. 

Destacou que “a soberania popular é indivisível da ruptura e da retirada da União Europeia. É indivisível da necessidade urgente de que a riqueza, o potencial produtivo, os meios concentrados de produção que existem neste país, passem às nossas mãos, às mãos do povo trabalhador. Isto significa que o povo terá o poder e será dono de seu próprio destino”.

Seção de RI do CC do KKE

(Com o Site do PCB)

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