Muita calma nesta hora

                                                                            
                                                                                                           William Medeiros


Zélio Alves Pinto

Parceiro de velhas batalhas e que, tirando os ibéricos e os gauleses, são os que, em cujas águas mais temos bebido, desde o século passado e, principalmente depois das últimas duas grandes guerras, 1914 & 1936, no movimento que gosto de identificar como yanquinização da cultura tupiniquim. 

O ponto seguinte a ser observado é a semelhança histórica, por tudo e pelos desdobramentos, entre o 11 de setembro e o terror do Charlie-Hebdo.

Vejam a reação do Bush e a do Hollande. Um chamou a turma da zona norte e partiu pra briga com a faca nos dentes, chegando onde estamos e o outro caçou os culpados e chamou a turma - indiscriminadamente, um dos riscos da liberdade de expressão - para uma conversa na Place de la Republique. 

Sou mais o segundo por todas as razões do mundo. 

Não apenas pela emoção que nos cerca hojindia, também pelo respeito aos valores e à cultura alheia que os latinos preservam. 

Prevalece aqui mais o senso humanístico que o do mercado, embora esse conte também. 

Nós somos assim. 

Por essas e outras sugiro mais cuidado com a atropelada - mesmo que modernizadora - yanquinização de nossos hábitos e costumes.

Para os latinos - ainda e felizmente -, em geral, antes do mercado está o homem e sua sobrevivência, pois sem ele, não há planeta que resista, com ou sem bolsa de valores, euro, dólar ou petróleo. 

Muita calma nessa hora, gente!

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