Fortes emoções ou um apelo à paz

                                             


José Carlos Alexandre


Algumas situações me levam ao extremo das emoções.

Uma delas ocorreu duplamente.

Foi por ocasião de uma ida ao Monumento a Lincoln, em Washington, EUA.

Justamente no multi temático The Mall.

Foi o local em que ante milhares e milhares de norte-americanos, o pastor Luther King Júnior pronunciou o célebre discurso que passou à história como "I have a Dream", Eu tenho um Sonho.

E ao lado da imensa estátua ao ex-presidente estadunidense, um mural contendo os nomes dos mais de 52 mil mortos na Guerra do Vietnã.

Conflito que alimentava a imaginação de mundo e meio na ocasião em que um exército de camponeses praticamente em experiência derrotou um exército com mais de 500 mil homens.

Soldados com material de guerra de última geração junto com agente laranja que até hoje causa danos entre os adeptos de Ho Chi Minh.

Em outra situação: na sexta-feira e no sábado últimos, quando assistir pela enésima vez ao filme de Seguei Eiseistein "Encouraçado Potemkin", pelo Canal 1.

Foi justamente quando, passando rapidamente à vista a história das lutas sociais no mundo, vivenciei a revolta de 1905 na Rússia dos csares que resultaria na Grande Revolução Socialista de 7 de novembro.

Ou, se se quiser, de 25 de outubro de 1917.

Outra forte emoção já confessei neste mesmo espaço algumas vezes: foi a visita ao Memorial do Holocausto em Jerusalém.

Em especial ao Pavilhão das Estrela, cada uma delas, representando cada criança vítima do nazismo.

E a última: o anuncio nos jornais britânicos da relação de crianças vitimadas pelo novo Holocausto: o dos palestinos, vítimas infelizes da extrema direita israelita no poder no Estado de Israel.

Como Ana Carolina, também sou a favor da paz entre filhos de Abrahão.

Daí não tolerar nem em sonho o massacre atual de palestinos.

Não, o mundo quer paz.

Paz entre os povos D'África.

Entre os iraquianos, os curdos, os indígenas brasileiros e entre os Bérberes da Argélia.

Paz entre todos os povos.

Sem que isso signifique nem de longe o abandono da luta pela libertação nacional, pelo direito ao respectivo território de cada um.

À luta pela solidariedade e pela compreensão entre todos.

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