Concurso de SP pede comprovante de virgindade a mulheres

                                                       

Seleção pública da Secretaria estadual de Educação para o cargo de Agente de Organização Escolar exige exame ginecológico que comprove a não "ruptura himenal"; para as mulheres que possuem "vida sexual iniciada", pedido é para que se apresente exames ginecológicos intrusos;  exigências são uma "violação" da dignidade da mulher, diz Maria Izabel Noronha, presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp)

Um concurso da Secretaria de Estado de São Paulo exige às candidatas aprovadas exame ginecológico que comprove a não "ruptura himenal", ou seja, um comprovante de virgindade. Para as mulheres com "vida sexual iniciada", a exigência é de que se apresente exames ginecológicos intrusos.

A informação consta de comunicado emitido pela Coordenadoria de Gestão de Recursos Humanos da SEE e pelo Departamento de Perícias Médicas do Estado (DPME), informa reportagem publicada pelo portal Último Segundo, do iG. A matéria traz o relato de uma futura funcionária do Estado que precisou passar pelo primeiro procedimento.

A seleção pública pretende fazer contratação para o cargo de Agente de Organização Escolar da SEE-SP. O concurso foi aberto em 2012. Na opinião da presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Maria Izabel Noronha, as exigências são uma "violação" da dignidade da mulher.

"Atestado de virgindade? Por favor! Estamos em pleno século XXI. Querem evitar candidatas doentes? A verdade é que elas entram com saúde e é a falta de condições da rede que as deixam doentes", disse Maria Izabel, que também é vice-presidente da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação (CNE), órgão consultivo do Ministério da Educação (MEC). (Com a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)

Comentários