ABI repudia violação de direitos democráticos durante a Copa

                                                             
A Associação Brasileira de Imprensa – ABI classifica como inaceitável as violações contra a ordem democrática que ocorreram na esteira da Mundial da Fifa. No último sábado, 12 de julho, 28 pessoas, entre jornalistas, radialistas e midialivristas, foram detidas pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, durante a operação “Firewall 2”, por sua participação em movimentos sociais. No dia seguinte, durante a partida final da Copa, a Polícia Militar do Rio reprimiu violentamente uma manifestação e agrediu profissionais de comunicação que cobriam o episódio.

A ABI coloca os advogados da entidade à disposição da radialista Joseane Freitas que se encontra detida no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, como se representasse uma ameaça à sociedade. A Associação, que teve atuação destacada contra a ditadura militar nos anos 1964-1985, e, na qualidade de instituição devotada à defesa das liberdades públicas, exige o respeito aos direitos democráticos constitucionais, que incluem a livre manifestação, e exige a imediata apuração dos responsáveis pelas agressões aos profissionais de comunicação.

Tarcísio Holanda, presidente da entidade, criticou a atitude das autoridades: “Não é possível que o Governo do Estado do Rio e a Presidência da República não tomem providência alguma contra os atos autoritários e arbitrários. O aparato policial vem tradicionalmente investindo contra jornalistas, que estão ali para fazer seu trabalho. Isso é inaceitável”, afirmou o jornalista.

Holanda acredita que tais atos são uma ameaça à democracia. “Sem a liberdade de expressão e livre opinião, a ordem democrática está ameaçada”, defende.

“Essas prisões são arbitrárias e nos remetem ao pior período dos Anos de Chumbo. A polícia prende a jornalista, mas, em certo momento, deixa escapar o Al Capone que comandava o esquema de ingressos da Copa”, completou Domingos Meirelles, diretor da ABI.

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