Copa pra quem?

                                                                     
Um ano após as manifestações de junho, mês que escancarou a porta para a participação popular com grandes manifestações, lutas sociais, atos pela redução da tarifa do transporte coletivo, gritos contra a corrupção e o brado por mais saúde e educação ecoaram nas ruas, praças e avenidas de todo o país como o mais expressivo mecanismo de questionamento desse sistema que não prioriza o povo, e chegado o momento de dar um norte as mobilizações. 

O Brasil está realizando o maior evento de futebol, a Copa do Mundo, que traz com sua grande estrutura e espetáculo um rastro de sangue e repressão.

O megaevento se consagra como a Copa das empreiteiras, da mídia burguesa, grandes corporações e bancos.

Um evento formatado para que essas empresas ampliem seus lucros, como se não bastasse a influencia desse setor que representa o maior financiador da política tradicional que tanto questionamos nas insurreições de 2013, essa Copa não é para o povo brasileiro, basta relembrar das remoções feitas nas cidades sedes dos jogos que retiraram 250 mil famílias de seus lares para a realização do megaevento, lembrar os 9 trabalhadores que morreram em condições degradantes na construção dos Estádios e pensar nos problemas sociais que assolam nosso país. 

Questionar a Copa é questionar a falta de investimento no ensino, é questionar a criminalização dos movimentos sociais, é questionar os altos gastos com o megaevento, é questionar os desvios da verba pública.

A FIFA irá lucrar R$: 9 bilhões de reais, onde um país a educação, a saúde, a habitação, transporte público, saneamento básico, estradas mal construídas, e a falta de segurança é precário ou inexistente. 

No caso do Paraná, devido a Copa as Instituições de Ensino Superior, Educação Básica e a Saúde passam por um processo de sucateamento e de privatização para garantir a construção do Estádio Arena da Baixada que custou R$: 326 milhões, muitas obras anunciadas pelo governo Federal e Estaduais de mobilidade urbana, lazer não estarão, prontas até o mundial e não tem garantias que serão concluídas e realizadas depois da copa, para mais além os ingressos que serão disponibilizados a venda está entre os valores de R$: 60,00 na primeira fase no pior espaço da arena a R$: 1.980,00 na fase de mata-mata. Por isso nós perguntamos: ESSA COPA É PRA QUEM?

A juventude de luta e os movimentos sociais de Foz do Iguaçu e da região Oeste do Paraná, ressaltam a importância do combate ao Estado de Exceção implementado pela ‘‘Lei geral da Copa”. 

Combater o estado repressor que perpetua a mesma base jurídico-filosófica de caça ao inimigo interno incorporada pela ditadura militar, continuar a luta para avançar nas conquistas sociais e não retroceder, denunciar os abusos da Copa e sua implicação nos problemas já existentes, é compromisso dos movimentos combatíveis da juventude resistente para a construção do poder popular.

Coletivo Negro MINERVINO DE OLIVEIRA

Coletivo Feminista ANA MONTENEGRO
Coletivo RUA Juventude Anti Capitalista

Movimento Universidade Popular

Unidade Classista

UJC (União da Juventude Comunista)

http://www.pcbfoz.com.br/noticias/copa-pra-quem/

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