PORTUGAL

                                          

Em defesa do povo e do País

Domingo é dia de votar na CDU

A poucos dias das eleições para o Parlamento Europeu, que se realizam no próximo domingo, 25 o tempo é de intensificar esforços para esclarecer e mobilizar para o voto na CDU. Até ao último minuto.

Os activistas e candidatos da Coligação PCP-PEV que nos dias e horas que faltam até às eleições de domingo se desdobrarão em contactos e conversas com colegas, amigos, vizinhos, familiares e, em geral, com os trabalhadores e o povo, têm de certa forma a vida facilitada. Não porque esta não seja, como é, uma tarefa hercúlea – tanto mais útil quanto maior for o número de pessoas abordadas – mas por apelarem ao voto na CDU e não em qualquer outra candidatura.

De facto, quantos para além dos activistas da CDU o poderão fazer de cara levantada, valorizando a intervenção ímpar dos seus dois deputados nos últimos cinco anos, materializada em 1100 perguntas, 600 intervenções, três mil declarações de voto e 500 visitas e reuniões em Portugal? Quem mais o poderá fazer afirmando, com verdade, a coerência entre os discursos e os votos, lá, no Parlamento Europeu, como cá, no País e na Assembleia da República? 

Que outros poderão pedir o voto aos trabalhadores e ao povo português garantindo que ele servirá para a defesa intransigente dos seus interesses e não para alimentar, às suas custas e de forma mais ou menos encapotada, poderosos interesses económicos? Quem mais o poderá fazer tendo atrás de si uma luta tenaz e quotidiana, nas instituições e fora delas, em defesa do povo e do País?

Assim, entre as muitas razões que existem para que os trabalhadores, os reformados, os jovens, os pequenos e médios empresários e agricultores e outras camadas populares confiem o seu voto à Coligação Democrática Unitária, cinco se impõem desde logo:

é o voto que dá expressão a todos quantos queiram condenar a política de saque do Governo PSD/CDS aos rendimentos dos trabalhadores e dos reformados e de liquidação dos direitos sociais;

é o voto que conta para a derrota do Governo e a ruptura com a política de direita que PS, PSD e CDS prosseguem há mais de três décadas;
é o voto que projecta com coerência o caudal de luta e de protesto em defesa dos direitos, do emprego, dos salários, das reformas, da protecção social, dos serviços públicos;

é o voto que assegura, no Parlamento Europeu, a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo e do País, e que é indispensável para combater todas as decisões que prejudiquem Portugal e aproveitar todas as possibilidades e instrumentos em benefício do nosso País;

é o voto que pesa verdadeiramente para dar força a uma alternativa política, patriótica e de esquerda.

 Desenvolvimento, justiça social, soberania 

«Lá se fazem, cá se pagam», têm dito muitas vezes os candidatos da CDU em diversas ocasiões ao longo desta campanha eleitoral. De facto, nunca terá sido tão claro o quanto as decisões assumidas nas instituições da União Europeia influenciam determinantemente o rumo da política nacional (ou seja, o dia-a-dia de todos e cada um dos cidadãos portugueses). Não por uma qualquer fatalidade, mas pela natureza concreta do processo de integração na UE – neoliberal, federalista e militarista – aceite com entusiasmo pelos mesmos três partidos que há 37 anos se vão alternando no governo, que são precisamente os mesmos que têm elegido mais deputados para o Parlamento Europeu.

Também nesta matéria, a coerência é um trunfo dos candidatos e activistas da CDU nas horas que restam para construir o resultado eleitoral. No documento «Por Outra Europa – Seis Direcções Fundamentais», explana-se os vectores essenciais da Coligação PCP-PEV no que à intervenção no Parlamento Europeu diz respeito, que são precisamente os mesmos que têm norteado a intensa e qualificada intervenção dos seus deputados ao longo dos anos:

1. Cooperação entre estados iguais em direitos, defesa da democracia e da soberania;

2. Solidariedade e cooperação. Defesa do direito ao desenvolvimento económico;

3. Defesa do Emprego. Pelo progresso e a justiça social;

4. Promoção da cultura e língua portuguesas;

5. Defesa do ambiente e salvaguarda dos recursos naturais;

6. Paz, amizade e solidariedade com todos os povos do mundo.

Estes vectores não só confluem na proposta de uma política patriótica e de esquerda, protagonizada pelo PCP e seus aliados, como a construção desta alternativa é essencial para promover as rupturas com o processo de integração capitalista europeu necessárias à construção de um País mais desenvolvido, justo e soberano. (Com o Avante)


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