Marcha da Maconha sai às ruas de SP pelo fim da guerra às drogas

                                                                                
Ato que ocorre neste sábado (26) pretende reunir mais de 10 mil pessoas; integrantes do movimento afirmam que a guerra às drogas afeta a sociedade de modo geral e que combatê-la “é tarefa de todos”
                                                                                                Reprodução/Coletivo DAR

Por uma mudança de mentalidade em relação ao paradigma proibicionista das drogas é que o coletivo Marcha da Maconha sai às ruas de São Paulo neste sábado (26). Os manifestantes irão se concentrar no Museu de Arte de São Paulo (Masp), na avenida Paulista, às 14h, e seguirão até a praça Roosevelt, onde a marcha será encerrada. O trajeto do protesto, no entanto, será definido na hora.  

Integrantes do movimento afirmam que a guerra às drogas afeta a sociedade de modo geral, usuários ou não, e que combatê-la em forma de debate “é tarefa de todos”.

“A cada dia que passa mais pessoas são mortas ou encarceradas por essa guerra falida. E se a mudança deve vir de baixo e deve ser já, é nossa responsabilidade botar em prática, dentro dos nossos limites, aquele mundo que queremos construir”, diz nota do coletivo.

Os realizadores do ato deste ano não comunicaram a Polícia Militar sobre a manifestação, pois querem que a segurança seja feita pelos próprios participantes da marcha, que farão um cordão de segurança e isolamento. Também informaram que nenhum participante leve substâncias ilícitas.

A convocação do ato está sendo feita pela internet e também com panfletos distribuídos em pontos estratégicos, como na saída de estações do metrô.

Nesta semana também ocorreram vários eventos com debates e exibições de filmes em vários pontos da cidade.

Até 2011, a manifestação era sempre proibida pelo Tribunal de Justiça sob a justificativa de que fazia apologia ao uso de drogas. Os manifestantes, no entanto, foram às ruas, mas marcharam pelo direito à livre expressão.

O STF (Supremo Tribunal Federal), então, a liberou, avaliando que sua proibição infringia o direito de liberdade de expressão.

No ano passado, segundo os organizadores, foram mais de 10 mil participantes. Amanhã, porém, prometem reunir ainda mais. (Com o Brasil de Fato)

Comentários