Lula, Dilma e Lincoln Gordon

                                   
José Carlos Alexandre

Interessante, muito interessante o artigo de Elio Gaspari publicado na internet e reproduzido por diversos jornais do país.

Não conheço o autor. Só sei que somos colegas de jornal uns 40, 50 anos atrás, quando do episódio do Massacre de Ipatinga...

Um professor mineiro foi ao Vale do Aço cobrir o acontecimento para o jornal Novos Rumos, onde eu também trabalhava.

E o Elio Gaspari veio repercutir a notícia...

Sou leitor do Gaspari na internet, inclusive de seus livros sobre o período da ditadura.

Deparo-me agora à noite com o artigo "Vem, Lula"..., datado de hoje, 09/04/2014.

Alguma coisa que me faz lembrar os anos 60 quando das candidaturas presidenciais para as eleições de 1965 que não aconteceram por motivos óbvios: o 1º de abril de 1964 que acabou com as eleições diretas, que só voltaram em 1989...

Mas à época, com os IBADs, IPES, candidaturas financiadas com dinheiro farto vindo de Washington, aqueles rififis envolvendo janguistas e juscelinistas, rumores de golpes de estado de direita ( que acabou acontecendo) e de esquerda (apenas rumores) surgiu a expressão: "Basta de intermediários, Lincoln Gordon para a Presidência"...

O embaixador norte-americano era o nome do dia na imprensa,tentando influir em tudo e sendo o principal elo, sabe-se hoje, entre os golpistas e o governo norte-americano...

Gordon estava em todas as colunas sociais, fumando ou não, nas páginas políticas, em gabinetes de autoridades de todos os escalões...

Era o nome mais forte , concorrendo com o de João Goulart, Juscelino Kubitschek, Carlos Lacerda e Magalhães Pinto.

O artigo de Gaspari retrata o ambiente político de hoje: apatia das candidaturas presidenciais oposicionistas: Aécio, Eduardo, Marina, Randolfe Rodrigues...

O melhor mesmo seria trazer de volta o nome histórico do PT: Lula, em vez de continuar com seu poste: Dilma.

Daria mais sensação à disputa presidencial, ainda que com aqueles bordões :"Não sei de nada", "Nunca na história 'desse' país", e tudo o mais...


Realmente parece colar melhor...

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