Estou com a Oposição Sindical

                                                                     
                                                 
   
Costumo dizer que fui aposentado compulsoriamente, já que o jornal em que trabalhava fechou-se por uma série de causas: o Diário da Tarde.

E como tinha tempo legal previdenciário passei para o exército da reserva...

Foram tantos anos de trabalho  que ainda hoje, só me responsabilizando por um blog próprio e outro oficiosamente do PCB , ainda sonho que estou trabalhando.

Principalmente na cozinha das redações pelas quais passei como no próprio Diário da Tarde, na Sucursal de Novos Rumos, no Minas Gerais e mesmo no Estado de Minas onde mantive por certo tempo uma coluna sindical aos domingos...

O Dicionário Biográfico Imprensa Mineira lembra que trabalhei também no Sindicato dos Bancários. Verdade. Assim como também na Federação e no Sindicato dos Comerciários, na União Nacional dos Servidores Públicos, na Secretaria de Estado do Trabalho.

O falecido jornalista da Band Santiago Andrade lembrava que a profissão sempre foi mal remunerada.

De fato, a gente tinha de se virar para sustentar a família...

Além de garantir o choupinho no Maletta, que ninguém é de ferro, acrescento

Creio ter chegado a hora de o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais dar uma sacudidela na categoria.

Precisamos novamente realizar assembleias como as de antigamente, em auditórios grandes, como o em que deflagramos a greve de 1963, pertencente ao Sindicato dos Comerciários, então na avenida Paraná.

Vivíamos, claro, outra realidade política. 

Havia a expectativa de os trabalhadores conquistarem as reformas de base, a começar pela agrária, uma luta até hoje das organizações ligadas aos camponeses e demais homens do campo.

O tempo passou, enfrentamos de cabeça erguida a ditadura cívico-militar de 1964 a 1985...

Em algumas situações nosso sindicato se mostrou altivo, enfrentou  o terrorismo ligado aos esbirros da ditadura e fez história ao se aliar ao novo movimento sindical na luta contra o arrocho salarial.

Hoje voltamos a nos isolar, justamente quando os trabalhadores de todos as categorias precisam se unir para derrotar o pessimismo que tentam nos impingir, levar avante a luta por melhores salários, contra a desnacionalização da nossa economia, pela reestatização da Petrobras, da Companhia Siderúrgica Nacional, contra a política de exportação sem critério de nossos produtos primários etc.

Nossa tarefa imediata deve ser a unidade também para derrotar os que ousam criminalizar os movimentos sociais, impedir a livre manifestação dos trabalhadores e dos demais segmentos da sociedade civil bem como garantir a luta pela reforma agrária e estimular a construção da casa própria.

                                                                    
Por tudo isso estou com a Oposição Sindical.E nós, da Unidade Classista também nos aliamos à chapa encabeçada por Adriano Boaventura.

Belo Horizonte, 20 de março de 2014

José Carlos Alexandre

Militante da Corrente Sindical Unidade Classista

Registro Profissional 1201/MG

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