Trincheira do Flávio Anselmo (diretamente de Caratinga)

                                                            

 FOI UM CLASSICO DIFERENTE E INTERESSANTE -  GALO E RAPOSA JOGARAM PELA PAZ



CARATINGA - Se querem mesmo saber, digo com total convicção – os acontecimentos de Huancayo, Peru, envolvendo a torcida do Garcilaso e o volante Tinga tiveram reflexos no clássico Atlético e Cruzeiro no Horto. A Massa Alvinegra que dominava o estádio como torcida única dedicou parte de sua emoção a desagravar Tinga. Os atletas alvinegros, também.  O jogo foi diferente, envolvente, mas de paz.  Nada como os famosos duelos entre dois enormes rivais.

Estavam tão irmanados na revolta da primeira manifestação racista da América do Sul que preferiram jogar futebol limpo. Disputado, porém limpo. O confronto foi equilibrado e nenhum deles mereceu mesmo vencer. O Cruzeiro teve gols anulados, Ricardo Goulart estava impedido nos dois lances. O Galo, também, teve o seu anulado, no chute cruzado de Jò impedido.


FORA DO LUGAR

Não é e nunca seria jogo pro Independência. Atlético e Cruzeiro até em cuspe a distância precisa de espaço nas arquibancadas pra suas famosas e fanáticas torcidas, agora com mais espírito de paz, vigiadas pelo Ministério Público. É uma abjeta demonstração de fraqueza das autoridades quando incentivam jogos de uma torcida só no Horto.  Se o Atlético briga e insiste em jogar naquele seu terreiro onde foi imbatível até jogar com o Tombense, que peite as autoridades e exija jogo com duas torcidas.


CONVERSA FIADA


Não ouso dizer aqui nesta Trincheira que o clássico com duas torcidas renderia mais dinheiro. Nada disso! Apenas a Massa Alvinegra tem número suficiente de apaixonados torcedores pra lotar o Horto, ou o Mineirão. Como a China Azul, também, é capaz de encher os dois estádios.  Sendo assim, inventar fórmulas inseguras de segurança é besteira pura. As torcidas uniformizadas que estão impedidas de entrar nos estádios marcam encontros de morte fora deles e nas perigosas encruzilhadas de Beagá do Doutor Lacerda.


BOA ESTREIA

O argentino Otamendi  estreou no lugar  de Réver e agradou. É do estilo agressivo, decidido e rápido, bem parecido com Dedé do Cruzeiro. Os rapazes de Marcelo Oliveira começaram no ataque, sempre pelo lado de Dátolo, de novo improvisado na lateral esquerda.  Victor trabalhou mais que Fábio.  Lucas Silva não teve condições de jogo e Rodrigo Souza jogou no seu lugar. Apenas burocrata.

GOLS ANULADOS


Cada time teve  gol anulado, corretamente, por impedimento. Primeiro, o Cruzeiro, aos 25 minutos, com Ricardo Goulart. Depois, aos 40, o Galo, com Jô.


Na etapa final, o time celeste começou ameaçando, com Willian exigindo defesa de Victor e Goulart tendo outro gol anulado por impedimento. Aliás, como sempre a arbitragem mineira foi de uma incapacidade total. Avacalhou o com clássico.

TIME MAIS LEVE

A mudança tática feita por Marcelo Pacote Oliveira sacando Marcelo Moreno e entrando com William e Dagoberto na frente tornou o time mais leve e mais rápido. Tanto que Ricardo Goulart foi um dos mais perigosos. Teve dois gois anulados e deu trabalho intenso aos defensores atleticanos.

Nem Júlio Baptista entrou no jogo.

BOA NA LIDERANÇA

O campeonato tem uma conotação diferente, com a liderança do Boa Esporte, um ponto na frente do Cruzeiro; o Galo precisando de arrumar a casa e buscar melhor colocação que a nona posição e o Villa Nova, com tradição de grande, de campeão mineiro, de campeão brasileiro da Série B, precisa urgente sair do grupo do descenso. Já frequentou a Segundona mineira e sabe que lá é a porta do inferno

SEM TIME NÃO DÁ

O mesmo castigo aplicado ao técnico anterior Paulo Silas, acreditem, terá Moacir Júnior, que estreou no domingo diante do Minas Boca do Povo, na Arena do Jacaré. Moacir é uma das melhores revelações do interior neste segmento de treinador. No entanto, incapaz de fazer milagres. Trocou o Tombense que faz boa campanha no Mineiro, por essa aventura no América.


O Boca de João Carlos tomou o gol de empate e reagiu pra conseguiu marcar a vitória – a sua primeira no campeonato – e sair da zona de rebaixamento. Não tomou conhecimento do América e qualquer resultado que não fosse a sua vitória seria um castigo. Micão, zagueiro que atuou três temporadas no América, marcou de cabeça o gol da vitória por 2 a 1, aos 37m.

LEÃO TOMA VIRADA


 O Villa Nova tomou a virada de 3 a 1 do Tombense, lá no Alçapão do Bonfim, caiu pra vice lanterna e demitiu seu treinador Paulinho Kobayashi. Quem aceita salvar o Leão do descenso?


O  Tombense estreou Rogério Lourenço no comando no lugar de Moacir Júnior  e levou a equipe de Tombos ao G-4, com nove pontos em cinco partidas, com duas vitórias e três empates.

NOVA ZEBRA

Sei lá se vocês concordam comigo . Neste campeonato tem acontecido zebras à vontade. A vitória da URT por 1 a 0 sobre o Guarani, em Divinópolis foi uma delas. O time de Patos saiu da zona do rebaixamento e chegou a seis pontos. O Guarani ficou em sétima posição com cinco pontos.

DISCUSSÃO NO RIO

No clássico Vasco e Flamengo, pelo campeonato carioca, dois lances iguais e com marcação diferente do árbitro e seu auxiliar atrás da meta. No primeiro, uma falta em favor do Vasco e Douglas manda um petardo que bate no poste superior e a bola quica dentro do gol, uns 13 cms. O Vasco não teve o gol a favor.

No segundo tempo, o Flamengo teve falta a seu favor. Elano cobrou e o goleiro do Vasco voou, mas tirou a bola após ela ultrapassar a linha. Esta o dois juízes viram e contabilizaram gol pro Flamengo.

A Fifa quer acabar com esse tipo de lance colocando chips nas bolas. Funcionará durante a Copa do Mundo e depois será estendido o benefício às confederações. Que venha rápido!

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