Após comercial para marca israelense, Scarlett Johansson deixa ONG pró-Palestina. Saiba porque o vídeo foi banido das TVs norte-americanas




Atriz dos EUA perdeu posto de embaixadora da Oxfam, após colaborar com a empresa, que atua em assentamentos na Cisjordânia
    
Scarlett Johansson deixou o posto de embaixadora da organização beneficente Oxfam, após ter participado de uma propaganda de uma marca de refrigerantes israelense instalada na Cisjordânia, atual território da autoridade palestina. O anúncio foi dado pela própria instituição quinta-feira (30/01), que afirma discordar da atitude da garota-propaganda, qualificando-a como “incompatível com seu papel na instituição”.

A campanha da empresa SodaStream foi produzida especialmente para ser exibida durante o Super Bowl — final do campeonato de futebol-americano dos EUA —, conhecido por ter comerciais milionários durante seus intervalos. Contudo, a parceria causou mal-estar entre os ativistas da Oxfam, pois a principal fábrica da marca fica situada no meio de um assentamento judeu na Cisjordânia.

"A Oxfam acredita que empresas como a SodaStream, que operam em assentamentos, agravam a pobreza e a negação dos direitos das comunidades palestinas que trabalhamos para apoiar", afirmou a organização. "Nos opomos a qualquer comércio dos assentamentos israelenses, que são ilegais sob a lei internacional", completou.

Em comunicado, a atriz norte-americana afirmou que apoiava a cooperação econômica e a interação social entre Israel e Palestina. No entanto, também concordou com o fim do acordo com a instituição de direitos humanos, por uma “fundamental diferença de opinião”. Ela colaborava com a Oxfam desde 2005 e em 2007 se converteu em embaixadora mundial de sua causa.

Além de causar polêmica pelo conflito entre Israel e Palestina, o vídeo acabou sendo banido do mercado publicitário norte-americano. Isto, pois no final da gravação, Scarlett diz : “Desculpe-me, Coca-Cola e Pepsi!”.

A atitude provocativa foi censurada pela Fox — canal responsável pela transmissão do Super Bowl neste ano. A emissora proibiu a divulgação do vídeo durante o intervalo do campeonato, temendo a reação das duas outras empresas de refrigerantes. (Com Opera Mundi)

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