MANIFESTO AOS TRABALHADORES, ESTUDANTES E AO POVO MINEIRO. POR UMA CONSTITUINTE COM DILMA



Aos trabalhadores, aos meus camaradas da Velha Guarda do PCB, aos meus amigos anarquistas e comunistas sem partido,aos prestistas, aos jornalistas e demais profissionais de
comunicação,aos meus dignos pares no Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos, aos meus inúmeros parentes e amigos em todos os quadrantes do
Estado.

Creio que o momento atual é de intensa participação política. Digo política porque, como já demonstravam os filósofos gregos ( estive na Grécia e sou leitor assíduo da Paidéia), muito antes, portanto, de Mark, Engels,Walter Benjanin e todos da Escola de Frankfurt, Lenin, Gramsci, Mariátegui e Lukács, a política está indelevelmente  presente em nossas vidas.

Cada um a seu modo deve fazer o possível para ouvir e bem interpretar a voz das ruas. Tal como em 1984, com as Diretas-já, que todos participamos, e no Fora Collor, de 1992 ( participei aqui e fiz preparação nas redações de jornais onde tive ocasião de estar nos EUA), sempre se pode fazer algum coisa.

 As pernas já não me facilitam estar em todos os lugares, como ao longo de toda minha vida, desde Nova Lima, onde, com os mineiros da Morro Velho, comecei a me movimentar politicamente.Mas meus amigos e camaradas participaram as principais manifestações de rua em BH. De forma organizada, lamentavelmente enfrentando a violência da reação policial e presenciando a ação da extrema direita sempre ativa e dos provocadores de sempre, junto com o que Engels chamaria de lumpenproletariat.

A hora não é de se lutar por impeachment de quem quer que seja. Contudo cabe-nos ouvir as vozes das ruas e de nossas consciências pedindo para o mais imediato possível, talvez o ano que vem, junto com as eleições gerais, uma Constituinte com Dilma

Para, dentre outras exigências imediatas, fazer uma reforma política adequada

uma reforma agrária radical e digna

adotar um Congresso Unicameral, que possa dar mais vigor e transparência ao Parlamento, além de propiciar arga economia aos cofres públicos.

E, sobretudo, tomar medidas contra a influência do poder financeiro nacional e internacional no processo eleitoral brasileiro.

Vamos portanto, à luta.

Belo Horizonte, 24 de junho de 2013

José Carlos Alexandre

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