Latino-americanos contrários a esquecer humilhações do passado


                                          
 As testemunhas diretas das humilhações cometidas na América Latina no passado falarão hoje aqui sobre o que representaria para a região uma volta às ditaduras militares.

O segundo dia da denominada "Pela memória, verdade e justiça" acontecerá na instituição cultural Casa das Américas, promovida pelas Embaixadas da Argentina e de El Salvador nesta capital.

Entre os oradores encontram-se a chefa da delegação diplomática argentina, Juliana Marino, e o embaixador salvadorenho, Domingo Santacruz, assim como o do Uruguai, Ariel Pergamino.

Também foi convidada para a ocasião a senadora e presidente da Frente Ampla do Uruguai, Mónica Xavier.

Esta recordação dos acontecimentos tem o objetivo de não permitir que se repitam os fatos horríveis registrados nos países da América como resultado do terrorismo de Estado, segundo um comunicado difundido aqui.

Em especial, serão abordados os casos argentino, salvadorenho e o uruguaio, nos quais os regimes repressivos nas décadas dos anos 70 e 80 do século passado deixaram milhares de mortos, desaparecidos e exilados.

Particular menção será feita ao assassinato, em 1980, do Arcebispo de El Salvador Oscar Arnulfo Romero.

Em homenagem ao religioso salvadorenho, a Organização das Nações Unidas decretou o dia 24 de março como Dia Internacional pelo Direito à Verdade.

Também serão discutidos o golpe de Estado militar na Argentina, em 1976, contra o governo de María Estela Martínez de Perón e a história de atropelos no Uruguai, além da sinistra Operação Condor.

A atividade será encerrada pelo guitarrista argentino Víctor Pellegrini e por dois corais da Schola Cantorum Coralina, de Cuba.(Com a PL)

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