Funcionários públicos franceses em greve por melhoras salariais


                                          
  
Mais de cinco milhões de trabalhadores do setor público francês estão convocados a uma greve hoje em todo o país para exigir do Governo o aumento de seus salários e o fim das demissões.

Umas 120 manifestações foram programadas ao longo do dia pelas três principais forças sindicais: a Confederação Geral do Trabalho, Solidários e a Federação Sindical Unitária.

Um comunicado conjunto destas organizações informa que os trabalhadores do Estado perderam 10% de seu poder de compra na última década e cerca de 20% deles só recebem uma remuneração equivalente ao salário mínimo.

Desde 2010 todos os salários foram congelados pelo governo do então presidente Nicolás Sarkozy, uma medida que a atual administração mantém vigente.

Os sindicatos também exigem que seja revogado o plano de redução de postos de trabalho da maioria dos ministérios, como prevê o programa de austeridade orçamental implementado para equilibrar as finanças públicas e adequar às exigências dos tratados europeus.

A mobilização acontece uma semana antes de começarem as negociações com o executivo, previstas para 7 de fevereiro, onde serão discutidas as condições de trabalho e o plano de reestruturação de todo o setor.

A ministra da Função Pública, Marylise Lebranchu, assegurou que compreende a difícil situação de muitos servidores públicos, mas recusou qualquer compromisso com aumentar os salários ou parar as demissões.

Aumentar em um porcento a renda de todos os empregados estatais custaria 1,8 bilhões de euros, em um momento no qual o Governo se propõe a reduzir 10 bilhões em despesas.

Segundo Bernadette Groison, secretária geral da Federação Sindical Unitária, todo mundo conhece a complicada situação econômica do país, mas as autoridades deveriam ter a capacidade de tomar uma atitude e melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores públicos.

Durante sua campanha eleitoral, o agora presidente François Hollande prometeu criar 13 mil postos anuais em alguns setores prioritários, como educação, segurança e justiça.

No entando, ao chegar ao poder, afirmou que estes novos empregos serão preenchidos por aqueles trabalhadores que saíram do resto dos ministérios, para não alterar o valor total do orçamento.(Com PL)

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