O chileno "No" , contra a ditadura de Pinochet, continua no caminho da disputa de Melhor Filme Estrangeiro do Oscar


                                                                       

"No", filme dirigido pelo chileno Pablo Larrian e protagonizado por Gael García Bernal (foto), ganhou  o Art Cinema Award na Quinzena dos Realizadores, mostra paralela ao Festival de Cinema de Cannes, na França. E está inscrito entre os concorrentes ao Oscar  de Melhor Filme Estrangeiro.

De acordo com o site da revista norte-americana "The Hollywood Reporter", a Sony comprou nesta semana os direitos para exibir o filme nos Estados Unidos.

Não a Pinochet

“No” revisita um dos mais importantes episódios da história recente do Chile: em 1988, então há 15 anos no poder, o ditador Augusto Pinochet foi obrigado, por pressão internacional, a promover um referendo para saber se o povo ainda o queria como presidente. Gael interpreta René Saavedra, o publicitário que promoveu a campanha do “Não” a Pinochet, que saiu vencedora e deu início à redemocratização do país.

O filme mostra como a campanha da oposição teve que deixar de ser “pesada”, cheia de imagens sobre as torturas do regime de Pinochet, para abraçar a linguagem da publicidade que tomava conta da TV já naquela época. Criou-se assim uma campanha “positiva”, cheia de humor e imagens leves.

“Meu trabalho foi fazer uma espécie de download de informações sobre a época, para entender o contexto e entrar no ritmo, nas microesferas da vida chilena”, comentou Gael García Bernal, que desde o brasileiro “O Passado” (2007) não encontrava um papel tão bom.

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