Lançada hoje (18) Rede de apoio a migrantes e refugiados latino-americanos e caribenhos

                                            
Por ocasião do Dia Internacional do Migrante celebrado nesta terça-feira, 18 de dezembro, as obras da Companhia de Jesus enviaram uma mensagem de solidariedade e apoio para as milhões de pessoas que vivem em situação de migração ou refúgio no mundo, e fizeram o lançamento oficial da Rede Jesuíta com Migrantes na América Latina e Caribe (RJM-LAC, sigla em espanhol).

De acordo com o pronunciamento da Companhia de Jesus, a Rede tem o objetivo de denunciar "qualquer forma de violação dos direitos humanos de pessoas migrantes ou atos discriminatórios”, como políticas migratórias restritivas, falta de proteção dos Estados deixando os/as migrantes em situação de extrema vulnerabilidade, criminalização por parte dos Estados nos casos de migração irregular, exploração do trabalho de pessoas migrantes, entre outros atos. A Rede alerta que essas violações também podem fortalecer a ação da rede criminosa do tráfico de pessoas que usa a migração para explorar a vítima em um local distante do seu lugar de origem.

Em seu comunicado, a Rede pede a proteção internacional efetiva de solicitantes de asilo e de refúgio; políticas migratórias integrais e inclusivas, que abordem, além da migração laboral, também a questão cultural, social, religiosa e política; e um modelo de desenvolvimento sustentável e centrado nas pessoas. Também pede "a ratificação universal da Convenção internacional sobre a proteção dos direitos de todos/as os/as trabalhadores/as migratórios e de suas famílias, de 1990”.

De acordo com as estimativas, por todo o planeta, existem, aproximadamente, 214 milhões de pessoas em situação de migração ou refúgio. Só de origem latino-americana e caribenha estima-se que existam cerca de 26 milhões de migrantes espalhados por países da própria região, ou principalmente nos Estados Unidos e Espanha.

Segundo a Rede, o fenômeno migratório tem se tornado "mais complexo e numeroso” nas últimas décadas, e os motivos para esse deslocamento são diversos: situação econômica, desigualdade sócio-político-econômica, violência, refugiados por causa de guerra ou de catástrofes ambientais, entre outros.

"Não resta dúvida de que a adoção de soluções e respostas para erradicar as causas estruturais da emigração acima mencionadas é e será um dos temas dominantes na região”, alerta o comunicado. Por isso, a Companhia de Jesus ressalta a necessidade de dar atenção "às necessidades dos migrantes, incluídos os refugiados, os deslocados internos e as vítimas do tráfico de pessoas”.

O trabalho da Rede será baseado em acompanhamento coordenado e integral pastoral, educativo, social, legal e investigativo em prol das pessoas migrantes. (Com a Adital)


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