China terá maior mercado de cinema do mundo até 2020

Olha o Bruce Willis numa produção rodada em Shangai

                                                                       

Expansão da renda da população faz estúdios norte-americanos tentarem parcerias com produtores locais
    

Até o ano de 2020, a China deve superar os Estados Unidos e tornar-se o maior mercado consumidor de longa metragens do mundo. É o que revela um estudo conduzido pela gigante de auditoria e contabilidade Ernst & Young.

Em um intervalo de pouco mais de dois anos, o setor de comunicação e entretenimento do país mais populoso do mundo deve passar por uma expansão de aproximadamente 17%. Ao longo dos próximos cinco anos, chineses terão acesso a cerca de 25 mil novas telas de cinema, a maioria equipada com tecnologia de resolução 4K (imagens fornecidas por quatro mil pixels).

Um dos fatores que teria favorecido esse crescimento é a recente decisão do governo chinês de flexibilizar a entrada de produções estrangeiras no país. Se antes os chineses podiam importar um número máximo de 20 longa metragens por ano, hoje os reguladores permitem até 34.

Em entrevista ao jornal britânico The Guardian o especialista da Ernst & Young John Nendick afirmou que "ainda são consideráveis as dificuldades que empresas de mídia e entretenimento sofrem para ingressar no mercado chinês”. Segundo ele, “empresários terão de entender que investir na China é uma proposta de longo prazo, mas que se comprometer com ela significa criar condições para o sucesso”.

Devido ao intenso processo de expansão e distribuição de renda  dos últimos anos, o relatório calcula que o país conta com potenciais 1,34 bilhões de consumidores de serviços cinematográficos. A China tirou recentemente o Japão da posição de maior mercado de cinemas fora de Hollywood.

Embora se adaptar ao mercado chinês exija tolerância diante do trabalho de censores do governo, estúdios têm buscado constantemente o país como forma de ampliar suas arrecadações. A Marvel, uma subsidiária da Disney, dividiu a produção do futuro longa "Homem de Ferro 3" com a companhia chinesa DMG. 

O filme "Looper – Assassinos do Futuro", ficção científica do diretor Rian Johnson estrelada por Bruce Willis, chegou a sofrer alterações em seu roteiro para aproveitar essa expansão do poder aquisitivo asiático. O filme se passa em Xangai, mas originalmente seria rodado em Paris. (Com o Opera Mundi)

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