Ex-coordenador acusa atual gestão de exonerá-lo por motivos políticos



                                                                                 
                                                                             Daniel Iglesias/Divulgação
                                           
Carlos Magno, ex-coordenador do Centro de Referência LGBT: "Foi uma forma autoritária de exonerar um trabalhador"


Carlos Magno, que por dois anos trabalhou como coordenador do Centro de Referência LGBT de BH, órgão vinculado à Secretaria de Direito e Cidadania da Prefeitura da capital, está desde a última sexta-feira indignado e confuso. Ele e seu estafe tiveram os cargos solicitados pelo prefeito três semanas depois de terem seus contratos comissionados renovados. Para Carlos, a exoneração teve orientação política, já que ele não dá apoio a reeleição de Márcio Lacerda.

Segundo Carlos, seu contrato com a prefeitura havia terminado dias depois 15ª Parada LGBT de Belo Horizonte, que aconteceu em 22 de julho deste ano e que ele ajudou a organizar. No dia cinco de agosto ele teve seu contrato renovado, e no dia 24 do mesmo mês, pela noite, recebeu uma ligação de José Wilson, secretário-adjunto de Direito e Cidadania, lhe informando que ele fora demitido.

“Foi um desrespeito a um membro da comunidade LGBT que se dedicou muito em politicas públicas. Sou um militante reconhecido, e essa foi uma forma autoritária e desrespeitosa de exonerar um trabalhador. Eu não estava lá para fazer campanha, não sou filiado a nenhum partido. Mas acho que a exoneração teve orientação politica, pois eu apoio Patrus. Possivelmente foi isso.”

Procurada, a assessoria do candidato Márcio Lacerda negou que a demissão seja uma resposta a qualquer tipo de posicionamento político. A assessoria garantiu que Belo Horizonte vem sendo gerida “de forma republicana”, lembrando que “diversos ocupantes do primeiro e segundo escalões da Prefeitura, que permanecem em seus cargos até o presente momento, são filiados ao PT”.

A Articulação Brasileira de Gays, Artgay, vai entrar com representação no Ministério Público para que a exoneração seja investigada.

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