Flávio Anselmo


                                                     
DESSA VEZ APITO AMIGO ESTEVE DO LADO DE CÁ E AJUDA GALO EMPATAR NO RIO

Pela qualidade técnica baixa da partida, cheia de faltas e paralisações, chutões pra cima, tentativas de ligação direta, poucos lances de área, porém com o Atlético tendo maior posse de bola, a ajuda do bandeirinha Vicente Romano Neto assinalando impedimento de Fred, aos 43m do segundo tempo, praticamente tirou a vitória do Fluminense.

Por tratar-se de dois times que lutam pelos primeiros lugares do Brasileirão eu esperava mais de Atlético e Fluminense. Só não foi sonolento em razão da quantidade de passes errados, porque houve bastante empenho – e até com algum exagero – dos jogadores de ambos os lados. O árbitro paulista – um desconhecido – Rodrigo Braghetto bem que tentou impor-se. Sem sucesso. Distribuição cartões amarelos à vontade.

O jogo foi pra lá de estranho. O Atlético teve maior posse de bola e chegava mais à entrada da área tricolor. No entanto, Gum, Leandro Eusébio e Digão aferrolharam a entrada da área. O Flu usava a arma do Galo: vem cá que vou lá no contra-ataque. Tanto assim que foram de Victor as duas defesas mais difíceis do confronto: uma cabeçada de Wellington Nem, na sua cara, e uma defesa notável, de puro reflexo do goleiro atleticano, no primeiro tempo. No segundo, Fred escapou sozinho e chutou à esquerda de Victor que praticou outra grande defesa. Além do gol mal anulado.

Fora a disputa renhida e as atuações seguras dos zagueiros Gum, Leandro Eusébio e Digão do lado carioca; Léo Silva, Rever e Pierre, o jogo teve pouquíssima coisa. No apito final, a comissão técnica do Flu, sem Abel Braga, entrou em campo pra justiçar o bandeirinha Vicente Romano Neto. Mero jogo de cena, pois sabem que isso só seria possível nos meus tempos de Estádio Doutor Maninho, em Caratinga. Aliás, seria até bom que a CBF aplicasse corretivo no Flu tirando-lhe alguns mandos no Engenhão a fim de diminuir o número de jogos naquela praça e melhorar o estado do gramado. Horrível.

Com 32 pontos, depois do empate, em 13 partidas, o Galo volta ao Rio e talvez ao próprio Engenhão pra enfrentar o Flamengo no sábado dia 04 de agosto. O Mengo de Dorival Junior jogou nesta rodada no Morumbi e levou a goleada de 4 a 1 do São Paulo de Ney Franco. O Fluminense pega no próximo domingo, dia 05, uma parada indigesta em Curitiba, contra o Coxa de Marcelo Oliveira em franca ascensão. Enfiou 2 a 1 no Grêmio neste domingo e subiu na classificação geral agora com 15 pontos.

APITO CONFUSO (MEIO AMIGO, MEIO INIMIGO) TAMBÉM NA VITÓRIA DO CRUZEIRO

Confesso que a embrulhada feita por Celso Roth durante a semana, com a escalação recheada de dúvidas, levou-me, também, a questionar a possibilidade de o Cruzeiro vencer o instável time de Felipão. No entanto, a escalação apresentada na hora da partida, no Independência, agradou-me. Não que eu quisesse Walyson. Só não aceitava dois centroavantes. Borges ficou mais à vontade no seu quadrado, com Walyson ocupando as beiradas do campo.

 Tinga preencheu muito bem a posição de armador, bom reboteiro; a zaga de Victorino e Thiago Carvalho funcionou melhor que a titular. Outra volta importante foi de Ceará ocupando a lateral direita. Ele e Diego Renan fizeram ótima boa partida.

 Montillo, esteve bem, só me pareceu cansado no final de tanto correr e criar jogadas. Porém foi mal substituído por Souza. Também a saída de Walyson para entrada de William Magrão não rendeu o esperado. WM prendeu demais a bola ao avançar, a perdia e armava perigosos contra-ataques para o Palmeiras.

O Cruzeiro jogou tranquilo o tempo todo e chegou a 2 a 0 com a boa ajuda da arbitragem de Fabrício Neves Correa. O pênalti que Montillo sofreu aos 34m do primeiro tempo não existiu. O lance aconteceu fora da área. Borges cobrou com sucesso. Cruzeiro, 1 a 0. Houve antes uma bola na trave chutada por Ceará na cobrança de falta.

Pensei comigo no intervalo: alguém soprará pra este juiz que o pênalti foi mal marcado e ele dará a compensação. Ainda bem que a compensação aconteceu quando o Cruzeiro vencia por 2 a 0, outro gol de Borges, numa jogada criada por Montillo pela esquerda, aos 10m. Quiseram inventar um impedimento no lance. Suspeitaram que a língua de Walyson estivesse pra fora e que o juiz devia dar impedimento. Que besteira, gente! Gol legal. Cruzeiro, 2 a 0, de novo Borges.

Mas o pênalti em favor do Palmeiras, aos 24m, que Barcos transformou no gol do Verdão não existiu também. A tal compensação que, mesmo assim, não agradou aos paulistas. Quase os atletas paulistas bateram no árbitro após o jogo. No lance Victorino disputou a bola meio desajeitado com Maicon Leite e ambos caíram. Nada a marcar. Mas o soprador de apito deu pênalti.

 A partir daí o Palmeiras foi todo ao ataque, cheio de homens de frente, enquanto as substituições do Cruzeiro, nem Anselmo Ramon no lugar de Borges, surtiram efeito. O maior susto veio a minuto do final,  na prorrogação; numa das muitas faltas imbecis que William Magrão cometeu, a bola voou pra área e Maicon Leite marcou de cabeça. Impedimento, segundo o assistente Roberto Braatz e confirmado por nós. Houve sim. Bom, valeu pela vitória, o Cruzeiro sobe pra quinto lugar, com 23 pontos,um apenas atrás do Grêmio, quarto colocado. Seu próximo jogo será  em casa de novo, contra a Ponte Preta.

 Brasil levou apenas um susto, nada mais do que isso, ao tomar o gol da Bielorrússia na abertura do marcador, em sua segunda partida na fase classificatória das Olimpíadas. Aliás, gol de brasileiro naturalizado, o catarinense Renan. Pouco depois, Alexandre Pato empatou; Neymar, de falta, fez 2 a 1 e Oscar encerrou a brincadeira, após receber magistral passe de calcanhar da Jóia santista. Ou seja, o Brasil com seis pontos está classificado e faz a última partida apenas pra saber se será o primeiro do grupo. Amanhã, vou escrever mais sobre o nosso futebol nas Olimpíadas.

Estou bem preocupado com a semana do América. Participa da abertura da 14ª rodada da Série B nesta terça-feira, às sete e meia da noite, contra o Joinville, no Estádio Independência. Penso que o time se perder outra vez, como aconteceu em Varginha, diante do Boa Esporte( 2 a 1) despenca pra fora do G-4.O Goiás, quarto colocado, apenas um ponto atrás do Coelho, recebe o ABC no Serra Dourada. Qualquer tropeço americano ele pula na frente.

 Vale lembrar que o Joinville está em sétimo lugar e numa fase de recuperação. Venceu o América-RN por 1 a 0 na última rodada, em Santa Catarina. Já o time potiguar, tem 23 pontos, e está na cola do Coelho. Joga em casa contra o Grêmio Barueri.

O goleiro Rodrigo  pegou até pênalti cobrado por Pedro Júnior do Vila Nova, e o Tupi conseguiu bom resultado em Goiânia, no Estádio Serra Dourada, sábado, ao empatar em 0 x 0 com  o Vila Nova local. Mesmo com o ponto conquistado, o Galo continua na lanterna do Grupo B da Série C, somando dois pontos, mas faz duas partidas seguidas em nos  próximos sábados, contra o Santo André, e o Brasilense.. “É o início de um recomeço”, definiu o técnico estreante Felipe Surian.

Flávio Anselmo
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